Benfica voltou ao ritmo do campeonato

“Encarnados” bateram o Marítimo com uma goleada e regressaram ao comando da Liga portuguesa. João Félix e Cervi fizeram dois golos cada.

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,Estádio Sport Lisboa e Benfica
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Se as provas a eliminar têm sido um problema para o Benfica de Bruno Lage, o campeonato é a competição na qual se tem mostrado muito confortável e isso voltou a ser uma evidência. Ao 15.º jogo de Lage na Liga, os “encarnados” conseguiram a sua 14.ª vitória, um 6-0 sobre o Marítimo que os devolveu à liderança no campeonato, com os mesmos pontos (75) que o FC Porto, mas com vantagem no confronto directo. 

Numa altura em que qualquer ponto perdido pode ser fatal, o Benfica não tem deixado quase nenhum em cima da mesa: conquistou 33 dos últimos 35. E em termos de golos, não há comparação possível entre as 15 primeiras jornadas do campeonato com Rui Vitória e as últimas 15 com o seu sucessor. Com Vitória, os “encarnados” marcaram 31, com Lage, já vão em 56 - tudo somado, o Benfica reforçou o estatuto que já era confortavelmente seu, o de melhor ataque: 87 golos, mais 25 que o FC Porto.

Se há coisa que tem caracterizado o Benfica de Bruno Lage é a urgência com que procura o golo. Nos 14 jogos anteriores, por quatro vezes tinha marcado o seu golo inaugural nos primeiros dez minutos e, frente ao Marítimo, voltou a fazer o mesmo. Antes de se completarem três minutos de jogo, Pizzi marcou um canto do lado direito do ataque, a bola foi rasteira até João Félix, que, sem oposição e com caminho livre para a baliza, atirou a contar. Os defesas do Marítimo, a pensar que seria uma bola pelo ar, acantonaram-se todos na sua pequena área e deixaram o jovem “encarnado” inaugurar o marcador.

E era assim, em menos de três minutos, que o Benfica espantava o trauma da eliminação europeia em Frankfurt, sendo fiel à sua identidade, a de levar o jogo até à área do adversário. E, de caminho, destruía o plano de ataque (de defesa, na verdade) de Petit para esta visita à Luz: fechar a sua baliza, aguentar o ímpeto inicial do adversário e, de vez em quando, tentar alguma coisa na baliza contrária - só fez um remate, aos 12’, um contra-ataque em que Correa atirou por cima da baliza de Vlachodimos.

Esse plano foi rapidamente ao ar e a equipa insular nunca soube o que fazer para evitar a goleada, muito menos para tentar o empate. Dificilmente o Marítimo conseguiria outro resultado com os jogadores que Petit assumiu ter poupado nesta visita à Luz e a única (fraca consolação) é a de ter sofrido menos quatro golos que o seu rival madeirense Nacional (perdeu 10-0). Foi um jogo tão de sentido único, de uma equipa tão estratosfericamente superior à outra que nem vale muito a pena falar de tácticas.  

A verdade é que, depois do golo de Félix aos 3’, o Benfica foi avassalador sem aproveitar devidamente a incompetência insular. Uma vantagem mínima ao intervalo parecia pouco, mas os “encarnados” rapidamente se encarregaram de corrigir essa falha logo no início da segunda parte. Aos 49’, André Almeida fez o cruzamento para Pizzi, que, na pequena área, fez o 2-0. Quinze minutos depois, segunda assistência de Almeida para o segundo golo de João Félix da noite, o seu 18.º nesta sua primeira época na primeira equipa.

Depois, a goleada também passou pelos regressos. Como o regresso de Cervi aos golos quase quatro meses depois - o argentino marcou dois, aos 71’ e aos 88’. E, por falar em extremos argentinos que voltaram a marcar, Salvio também o fez, fechando a goleada em cima dos 90’. 

Numa goleada em que Seferovic e Jonas ficaram em branco, só faltou mesmo o golo de Taarabt para haver mais uma linha narrativa de redenção nesta campanha benfiquista rumo ao título que ainda tem mais quatro episódios: dois longe da Luz (Sp. Braga e Rio Ave) e dois em casa (Portimonense e Santa Clara).

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