Vendas das 100 maiores marcas de luxo sobem 11% para 220 mil milhões de euros

O crescimento anual de 10,8% registado em 2017, numa base composta ajustada à taxa de câmbio, é “substancialmente superior” ao aumento de 1% verificado no ano anterior

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Reuters/DENIS BALIBOUSE

As 100 maiores empresas mundiais de bens de luxo geraram vendas de 247 mil milhões de dólares (220 mil milhões de euros) no ano fiscal de 2017, um aumento de 10,8%, segundo um estudo da Deloitte divulgado nesta segunda-feira.

O crescimento anual de 10,8% registado em 2017, numa base composta ajustada à taxa de câmbio, é “substancialmente superior” ao aumento de 1% verificado no ano anterior, indica o estudo da Deloitte Global Powers of Luxury Goods.

O mercado global de artigos de luxo continua a registar um crescimento positivo, apesar da desaceleração do crescimento económico global em grandes mercados como a China e a zona euro, cenário que deverá estender-se igualmente aos EUA em breve”, indica a Deloitte.

O estudo, no qual Portugal não figura, mostra também que 66% das 100 maiores empresas de bens de luxo registaram um aumento das vendas de bens de luxo e “praticamente metade” reportou um crescimento anual de dois dígitos.

“As dez maiores empresas foram responsáveis por quase metade (48,2%) do total de vendas de bens de luxo registado pelas empresas que integram o Top 100”, adianta o relatório.

LVMH, Estée Lauder e Richemont mantiveram-se nas primeiras três posições do ranking. O segmento de cosméticos e fragrâncias foi o que registou o melhor desempenho no ano em análise, representando 16,1% do aumento de vendas.

O mercado francês, representado por sete empresas na lista ordenada, foi o que registou o melhor desempenho, com um aumento de 18,7% nas vendas de artigos de luxo, sendo também o que mais contribuiu para o total de vendas reportado pelas 100 maiores empresas de bens de luxo (contributo de 23,5%).

Já Itália foi o país com maior número de empresas presentes no ranking, num total de 24, tendo sido, contudo, o que registou a taxa de crescimento das receitas mais baixa (um aumento de 2,2%).

Portugal, apesar de não figurar no top 100, regista ao longo dos últimos anos um aumento da presença de grandes grupos de bens de luxo na capital, sendo a Avenida da Liberdade o destino de eleição para compras de luxo”, referiu Pedro Miguel Silva, sócio do sector de Retalho e Consumo da Deloitte Portugal.

No estudo existe apenas a indicação, relativamente a Portugal, de que o crescente foco da marca italiana Furla na expansão de lojas em mercados como Austrália e Portugal, também contribuiu para o elevado crescimento de vendas da empresa (18,7%) no ano fiscal de 2017.

Das 100 maiores empresas de bens de luxo a grande maioria (88) estão sediadas em nove países: China/Hong Kong, França, Alemanha, Itália, Japão, Espanha, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos. Estas 88 empresas representaram 93,4% das vendas de bens de luxo do Top 100 no ano em análise.

O estudo divulgado identifica as 100 maiores empresas de bens de luxo a nível global, com base nas vendas consolidadas de bens de luxo registadas no ano fiscal de 2017, terminado em 30 de Junho de 2018.

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