FC Porto susteve a audácia do Santa Clara

Os açorianos jogaram de forma desinibida no Estádio do Dragão e beneficiaram de boas oportunidades, mas um golo de Marega garantiu a vitória portista.

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Os jogadores do FC Porto depois do golo do triunfo sobre o Santa Clara LUSA/JOSÉ COELHO
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Lance do jogo entre FC Porto e Santa Clara LUSA/JOSE COELHO
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A festa do golo dos jogadores do FC Porto LUSA/JOSE COELHO
Kevin Volland
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Lance do jogo entre FC POrto e Santa Clara LUSA/JOSE COELHO
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Sérgio Conceição LUSA/JOSÉ COELHO

Não foi fácil, mas o FC Porto susteve o atrevimento do Santa Clara e somou os três pontos que mantêm a pressão sobre o Benfica na luta pelo título. Após o fim da aventura europeia a meio da semana, os “dragões” depararam-se com uma equipa audaz, que nunca abdicou de atacar a baliza de Casillas, mas a qualidade dos “azuis-e-brancos” fez a diferença. Infeliz nos dois confrontos contra o Liverpool, Marega recuperou a eficácia e fez o golo que garantiu a vitória portista, por 1-0.

Três dias depois de o Liverpool colocar um ponto final nas aspirações europeias do FC Porto, Sérgio Conceição voltou ao “plano A”. Como é regra nas provas internas, o técnico não abdicou do 4x4x2, com Marega e Soares no centro do ataque. Desta vez, a novidade foi a colocação de Brahimi e Otávio nas alas, com Corona no banco. Atrás, Manafá voltou à titularidade e Militão formou o eixo central com Felipe. E a defesa “azul-e-branco” acabou por ter mais trabalho do que muitos previam.

Com 37 pontos que, salvo qualquer conjuntura inesperada, garantirão a permanência, o Santa Clara surgiu no Dragão desinibido e mostrou por que motivo tem mais pontos fora (19) do que em Ponta Delgada (18). Com um ataque móvel, os açorianos gostam de contra-atacar e, aproveitando o adiantamento do FC Porto, criaram perigo logo aos 7’: após um canto, Casillas, em dificuldade, aliviou a soco. Quase de imediato, Zé Manuel surgiu na cara do espanhol e colocou a bola no fundo da baliza. O golo foi anulado por fora de jogo. Estava dado o aviso.

Ao descaramento insular, o FC Porto respondeu com eficácia. Aos 12’, Soares obrigou Marco a uma defesa por instinto. Seis minutos depois, os “dragões” marcaram: Brahimi combinou com Herrera, o mexicano isolou Otávio e o brasileiro rematou para defesa de Marco. Na recarga, Marega redimiu-se dos golos falhados contra o Liverpool.

Fim da desfaçatez do Santa Clara? Nem por isso. A equipa de João Henriques, que só tinha perdido um dos últimos oito jogos, continuou desinibida e um remate de Rashid, um dos bons valores do campeonato, passou a centímetros do poste.

Perante o perigo, o FC Porto tentou baixar o ritmo e em cima da meia hora Marega podia ter bisado. No entanto, a primeira parte não terminou sem mais um calafrio no Dragão: pela segunda vez, a bola entrou na baliza de Casillas. Desta vez, foi Schettine apanhado em posição irregular.

Os 6-5 em remates reflectiam o equilíbrio dos primeiros 45 minutos e o filme repetiu-se até final. Depois de uns primeiros minutos amorfos, o Santa Clara voltou a estar perto do empate, mas uma grande defesa de Casillas impediu o golo de Schettine. A resposta do FC Porto veio de um ex-jogador do Santa Clara, mas com a defesa da noite, Marco impediu o golo de Fernando.

Com a vitória presa por arames, Conceição reforçou o meio-campo (Óliver por Soares) e o jogo acabou com o FC Porto recuado e em dificuldades físicas, mas o Santa Clara ficou-se apenas pelas intensões e não conseguiu impedir a sexta vitória consecutiva dos portistas na I Liga.

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