António Horta Osório é o único português na lista dos 50 maiores líderes do mundo

O presidente do Lloyds Bank é destacado por superar um esgotamento mental, que assumiu publicamente, e de partilhar com os seus funcionários como o fez.

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Miguel Manso

António Horta Osório é o 41.º maior líder do mundo para a revista Fortune. A sexta lista anual desta publicação norte-americana conta com 50 personalidades que contemplam “homens e mulheres que estão a transformar o mundo e a inspirar outros a fazer o mesmo" nos negócios, na política, na filantropia e nas artes.

O presidente do Lloyds Bank está um lugar à frente dos duques de Sussex, Príncipe Harry e Meghan Markle, numa lista encabeçada pelo fundador da Microsoft​ Bill Gates e a sua mulher Melinda, devido ao trabalho conjunto na Fundação Gates. Em segundo lugar está Jacinda Ardern, a primeira-ministra da Nova Zelândia, devido à sua posição após os ataques terroristas de Março contra muçulmanos. Tim Cook, CEO da Apple, está no 14.º posto.

O trabalho de António Horta Osório, que chegou ao Lloyds Bank em 2011, despertou a atenção da Fortune logo nos primeiros oito meses desse ano, quando abdicou do cargo depois de ter dito publicamente que sofria de esgotamento. Esta atitude do bancário e professor de Economia de 55 anos, diz a revista, nunca tinha sido abertamente discutida entre CEOs de topo e “ajudou a acabar com um estigma num sector notório por levar os trabalhadores além dos seus limites”. Antes de chegar ao Lloyds, Horta Osório foi membro da direcção da Abbey, do grupo Santander, e esteve na presidência executiva do banco Santander Totta.

“Hoje, ele [António Horta Osório] está a dar aos seus colegas ferramentas para se ajudarem enquanto falam abertamente sobre a sua própria crise (e que habilmente navegam no ‘Brexit')”. O Lloys Bank, para além de ser uma das maiores instituições financeiras do Reino Unido, fornece aos seus gestores de topo instrumentos de consciência plena e análise psicológica de modo a poderem processar melhor os estados de ansiedade” e “em breve estes instrumentos estarão disponíveis a todos os funcionários do banco”, escreve a Fortune.

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