Sérgio Conceição pede equilíbrio depois da Champions

Treinador do FC Porto adverte para a organização e consistência do Santa Clara, um adversário tranquilo e motivado.

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Sérgio Conceição LUSA/ESTELA SILVA

Concluída a carreira na Liga dos Campeões, Sérgio Conceição prepara o FC Porto para as cinco finais que podem ditar a revalidação do título de campeão, pedindo o mesmo equilíbrio de sempre no regresso ao campeonato, frente a um Santa Clara despreocupado, mais um factor a ter em conta por parte dos “dragões”.

Na antevisão da partida com os açorianos, Sérgio Conceição manteve um rumo preciso, desviando-se apenas para comentar o mea culpa de Otávio, a desinspiração de Marega e os cartões amarelos do Marítimo de Petit. Melhor, em relação aos madeirenses disse apenas ter vontade de “dizer umas coisas” que a consciência e a relação com o treinador da formação insular calaram. Na verdade, Conceição não precisou de tecer comentários para passar a mensagem implícita no caso dos cartões que Petit admitiu ter forçado para limpar no jogo com o Benfica, enfraquecendo a equipa nessa partida para se apresentar em força nos jogos seguintes.

Apresentar-se em força é também o que Sérgio Conceição espera poder fazer depois do desaire com o Liverpool, mesmo sem o tempo desejado de recuperação. O técnico portista elogiara nas redes sociais a medida da Liga holandesa de adiar a jornada para que o Ajax pudesse enfrentar na máxima força o Tottenham, nas meias-finais da Liga dos Campeões, e agora recuperou o tema.

“O futebol é um começar constante. Acabamos um jogo e começamos a pensar em função do próximo. A federação holandesa é um exemplo a seguir, para o bem do futebol nacional”, sublinhou, depois de ter criticado o agendamento do compromisso com o Santa Clara para este sábado, “roubando" horas de recuperação aos “dragões”.

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Sobre o jogo com o Santa Clara, Sérgio Conceição destaca a importância de manter o “equilíbrio” depois de um jogo de Champions. Para mobilizar o grupo e sacudir a frustração de ter ficado pelo caminho, o técnico explicou a importância de perceber o “percurso fantástico na Liga dos Campeões”, fechado com “dois jogos ingratos” em que o FC Porto “sofreu demasiados golos para o desempenho defensivo e marcou poucos para o potencial ofensivo” apresentados. Facto que “não apaga percurso feliz, que deu esperança de que poderíamos chegar à meia-final e que depois tudo poderia acontecer”.

De volta à realidade, o FC Porto vira-se para a verdadeira Champions, que conforme Conceição afirmou antes da viagem a Portimão, “é o campeonato”, onde terá que dar o melhor nos cinco últimos jogos.

“Todos os jogos são finais. Agora, ganham um peso diferente porque a margem de recuperação é mais apertada. Quem errar, com o fim à vista, pode não recuperar. Mas não há pressão acrescida, apenas a de vencer um adversário tranquilo e organizado, resultado do bom trabalho do João, sempre muito consistente e mais perigoso por causa do factor motivacional, pela vontade de mostrar aquilo de que são capazes. Por isso, a tranquilidade classificativa é um ponto a favor do Santa Clara”.

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