Na próxima temporada, um golo como o do Tottenham será ilegal

O International Board, organismo que desenha e aprova as Leis do Futebol, já aprovou alterações que impedirão um jogador de marcar um golo com a mão, mesmo que involuntariamente.

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O árbitro Cüneyt Çakir no jogo desta quarta-feira. Reuters/PHIL NOBLE

Nesta quarta-feira, o Tottenham eliminou o Manchester City da Liga dos Campeões com Llorente a marcar o golo decisivo após a bola lhe bater no cotovelo. No entanto, a partir da próxima temporada, um lance como este será ilegal. O International Board (IFAB), organismo que elabora e aprova as Leis do Futebol, anunciou que um golo marcado directamente com a mão (ou marcado após uma vantagem obtida com a mão), mesmo que de forma involuntária, deverá ser anulado.

Apesar da polémica que criou – Guardiola disse que o VAR poderá não ter visto as imagens certas –, o golo de Llorente dificilmente seria anulado, dado que, com o braço junto ao corpo e em posição natural, o toque da bola no cotovelo do jogador não deveria ser considerado deliberado e provocado pelo avançado espanhol.

A Lei 12, relativa a faltas e incorrecções, define que “tocar a bola com as mãos implica um acto deliberado em que o jogador toma contacto com a bola com as mãos ou com os braços” e que, na análise, o árbitro deve ter em consideração os seguintes critérios: o movimento da mão na direcção da bola (e não a bola na direcção da mão); a distância entre o adversário e a bola (se é uma bola inesperada) e que “a posição da mão não pressupõe, necessariamente, uma infracção”.

Em 2019/20, algumas destas preocupações terminam e o texto da lei dirá que um golo deve ser anulado se:
- a bola entra na baliza depois de tocar na mão/braço de um jogador atacante.
- um jogador atacante ganha controlo/posse da bola depois de esta tocar no seu braço e, com isso, marca um golo ou cria uma oportunidade clara de golo.

O IFAB explica que estas alterações têm por base “o que o futebol espera” do árbitro. “O futebol não aceita que um golo seja marcado com a mão, ainda que acidentalmente (…) o futebol espera que um jogador seja penalizado se ganha uma vantagem clara – oportunidade para marcar, por exemplo – após a bola lhe tocar no braço/mão”.

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