Assim é cuidar de um cão sénior — o amor, o medo e a perda

Aos 17 anos, Mango parecia já não saber onde estavam as coisas que conhecia desde as seis semanas. Deixou de “compreender o que se estava a passar à sua volta”, às vezes deixava de comer, outras parava de andar. “Se ele continuar a piorar de forma acelerada, nos próximos dias, acho que vamos ter de o ajudar a…” Mango, agora com 20 anos, é o protagonista de uma das dez “histórias curtas sobre amor, perda, e ter de deixar ir” contadas por tutores de cães seniores, num mini-documentário da CBC, disponível também no YouTube.

Com os cães ao colo, falam de amizade, de devoção, de como, secretamente, todos queriam que os cães “vivessem para sempre”. E todos temem o momento em que, ao ver o animal de companhia cada vez mais debilitado, vão ser forçados a tomar uma decisão. “Este é o tipo de fardo que carregamos ao ter cães seniores”, resume a tutora de Mango. “A dúvida constante de ‘será que vai ser esta semana’? Não, olha, ele recuperou! E agora quer ir passear outra vez. Ele parou de comer por dois dias. Ou ela agora usa a casa como casa de banho, constantemente.” São 20 anos juntos. “Duas décadas inteiras de vésperas de ano novo, companheiro. Não podemos pedir mais do que isto.”