Brasil: ditadura por cima de todos, militares acima de tudo

O Brasil está resvalar rapidamente para um regime militar fascizante em que Bolsonaro faz de Presidente e invoca o nome de Deus em vão para justificar o atropelo à Constituição brasileira.

Bolsonaro, no seu desvario totalitário, quer fazer o Brasil regressar aos tempos ditatoriais.

Para legitimar a sua ação política não hesita em fazer da sua governação algo que se baliza por parâmetros religiosos, abusando da frase “Deus acima de todos" como se ele fosse um pastor evangélico na hora da homília e não um Presidente eleito de acordo com leis que se aplicam a seres humanos e que deles imanam e se destinam a regular a vida na comunidade brasileira, ficando o céu fora do alcance do seu governo, por muito que lhe dê jeito invocá-lo.

Na verdade, Bolsonaro é um velho capitão admirador da cruel ditadura militar e foi eleito Presidente do Brasil para fazer respeitar, em última instância, o supremo mandamento legal – a Constituição brasileira, tarefa que demonstra não ser capaz.

Entretanto, saído das alfurjas do tempo apodrecido, veio a terreiro com toda a impunidade o velho general Luís Gonzaga Lessa ameaçar o Supremo Tribunal Federal de lhe impor a “lei da bala”, caso os juízes entendam em consciência e total independência considerar o recurso de Lula como este pretende, ou seja, o STJ só tem uma possibilidade de decidir, manter o ex-Presidente na cadeia, se não quer ser responsabilizado por um golpe militar sangrento.

O Brasil está resvalar rapidamente para um regime militar fascizante em que Bolsonaro faz de Presidente e invoca o nome de Deus em vão para justificar o atropelo à Constituição brasileira.

A tomada de posição deste general demonstra da sofreguidão de sangue de um núcleo forte das Forças Armadas brasileiras que não aceita um poder judicial independente.

Este tipo de pronunciamento já tinha sido tornado público na hora do julgamento de Lula.

O Brasil vai na senda de um precipício tenebroso que poderá custar muito caro ao povo brasileiro. Seguramente, nesse caso, com a ditadura por cima de todos, e militares acima de tudo.

O autor escreve segundo o novo Acordo Ortográfico

Sugerir correcção
Ler 2 comentários