Instrutor de surf suspeito de matar colega vai ser julgado

Homicídio da praia de Paimogo, na Lourinhã, teve lugar no Verão passado, sendo desconhecidos os motivos da luta que provocou esfaqueamento mortal de um dos homens.

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TM Tiago Machado

O tribunal de Loures decidiu esta sexta-feira levar a julgamento um instrutor de surf acusado pelo homicídio de um colega em Julho do ano passado, numa praia do concelho da Lourinhã.

A vítima e o arguido, de 31 anos, eram ambos instrutores e conheciam-se há oito anos. Mas encontravam-se desavindos, tendo já existido agressões entre ambos, refere a acusação do Ministério Público. A 10 de Julho passado combinaram encontrar-se no parque de estacionamento da praia de Paimogo ao fim da tarde desse dia.

Chegados ao local, o arguido saiu do automóvel empunhando uma faca e dirigiu-se ao veículo da vítima, que se encontrava com um amigo. Trocaram palavras, agrediram-se mutuamente e, a dada altura, o arguido esfaqueou o outro no peito, descreve a acusação.

A vítima fugiu, mas, enquanto era perseguida pelo homicida acabou por cair. O agressor colocou-o no carro e levou-o à urgência de Peniche do Centro Hospitalar do Oeste. Mas já não havia muito a fazer: as manobras de reanimação não foram suficientes para evitar a morte.

A decisão instrutória deste caso foi comunicada esta tarde no Tribunal de Loures, no distrito de Lisboa, e determinou uma alteração da qualificação jurídica do crime, de homicídio simples para qualificado, explicou o advogado do arguido, Jorge Martins.”Posso compreender a decisão do tribunal, mas não fico satisfeito. Acredito que existiriam indícios suficientes para que fosse considerado um homicídio simples”, considerou.

Jorge Martins disse ainda que vai consultar e analisar o despacho de pronúncia antes de decidir se recorre da decisão. O instrutor de surf esteve em prisão preventiva até 20 de Novembro. Desde aí encontra-se em prisão domiciliária a aguardar julgamento.

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