Jerónimo de Sousa escreve carta solidária a Lula da Silva

Secretário-geral do PCP assinala um ano da prisão do ex-presidente do Brasil e diz que eleição de Bolsonaro foi “um processo fraudulento e antidemocrático”.

Foto
Jerónimo de Sousa LUSA/ANTÓNIO JOSÉ

Faz nesta quinta-feira um ano que Lula da Silva, foi preso. O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, não esqueceu a data e escreveu uma carta solidária ao ex-presidente do Brasil.

Jerónimo dirige-se ao Presidente de Honra do Partido dos Trabalhadores tratando-o por “estimado companheiro” referindo-se desde logo à sua “injusta prisão”. “Na data em que se assinala um ano da sua ilegítima e injusta prisão, quero transmitir-lhe a mais sincera solidariedade dos comunistas portugueses e o seu profundo empenho na exigência da sua pronta libertação, desejando-lhe saúde e força para enfrentar a dura privação de que é vítima e prosseguir a luta”, diz o líder do PCP na carta revelada pelo jornal Avante!.

Jerónimo de Sousa refere-se depois à eleição de Jair Bolsonaro para a presidência de República do Brasil como “um processo fraudulento e antidemocrático”, que “representa a face mais obscurantista e retrógrada da classe dominante que, através do desrespeito das liberdades e direitos democráticos, procura abrir caminho ao programa de intensificação da exploração e de ataque aos direitos sociais, de abdicação da soberania nacional e subordinação ao imperialismo, de promoção de valores profundamente reaccionários e de imposição de um poder de cariz ditatorial no Brasil”.

Diz mesmo que Bolsonaro é “uma séria ameaça não só presente no Brasil, mas também noutros pontos da América Latina e do mundo, onde o imperialismo norte-americano, com o apoio dos seus subordinados, leva a cabo uma violenta ofensiva com que visa salvaguardar e impor a sua hegemonia mundial”.

“Estamos confiantes que, através da sua unidade e luta, os trabalhadores e o povo brasileiro derrotarão as forças reaccionárias e revanchistas, apologéticas da ditadura militar, e retomarão o caminho de progresso social, de desenvolvimento soberano, de cooperação e de paz”, acrescenta.

Jerónimo de Sousa termina citando um poema de Chico Buarque: “Como o poeta canta, ‘amanhã vai ser outro dia…’”

Sugerir correcção
Ler 1 comentários