Governadora-geral da Nova Zelândia assina lei que proíbe armas do tipo militar

O Governo quer impor fortes limitações à compra de armas de fogo na sequência do ataque em Christchurch.

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A 15 de Março, 50 pessoas morreram na sequência de um ataque terrorista concretizado com armas de fogo Reuters/JORGE SILVA

A governadora-geral da Nova Zelândia assinou esta quarta-feira formalmente a lei que proíbe o uso e compra de armas do tipo militar, como a que foi usada em Março pelo homem que matou 50 pessoas em duas mesquitas. A governadora-geral Patsy Reddy assinou a lei quando está para ser anunciado para breve um programa de recompra das armas, segundo a polícia.

Até lá vai vigorar por um breve período um programa de amnistia até que os detalhes da recompra sejam anunciados. Qualquer pessoa que mantiver este tipo de armas enfrenta agora uma pena até um máximo de cinco anos de prisão.

Na quarta-feira, o parlamento da Nova Zelândia tinha aprovado a lei que proíbe a maior parte das armas automáticas e semi-automáticas e também as componentes que modificam outras armas, tendo sido aprovada por 119 votos contra um na Câmara dos Representantes, na sequência de um processo acelerado de debate e consulta pública.

A primeira-ministra, Jacinda Ardern, defendeu a aprovação da lei, lembrando os momentos dramáticos vividos pelas vítimas dos tiroteios de 15 de Março. Nesse dia, 50 pessoas perderam a vida e outras tantas ficaram feridas num ataque indiscriminado contra muçulmanos que se encontravam em duas mesquitas em Christchurch, antes da oração do meio-dia.

O alegado autor dos ataques, o australiano Brenton Tarrant, foi preso no mesmo dia, tendo sido acusado pela polícia por 50 homicídios e 39 tentativas de homicídio.

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