Partido de Gantz concede derrota e promete “inferno” a Netanyahu

Primeiro-ministro israelita deverá continuar no poder com uma coligação de direita.

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Responsáveis do partido de Gantz clamando vitória; hoje, o partido admitiu a derrota AMIR COHEN/Reuters

A aliança Azul e Branca, partido do antigo chefe do Exército Benny Gantz, que ficou empatado com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, concedeu hoje a derrota, depois de na véspera se ter declarado vencedor das eleições israelitas.

“Não ganhámos este round”, disse Yair Lapid, o número dois da aliança e do partido centrista Yesh Atid, que se juntou ao partido Resiliência, do antigo chefe do Exército, formado mesmo pouco antes das eleições.

Apesar de recente, a aliança conseguiu mais de um milhão de votos - tal como o Likud de Netanyahu: os dois ficaram empatados, com 29,2% e 35 deputados para cada um. Só que Bibi, como é também conhecido o primeiro-ministro, conseguiu ter mais partidos dispostos a formar uma coligação com ele.

“Na oposição, vamos tornar a vida do Likud num inferno”, acrescentou Yair Lapid, citado pela Reuters.

Tanto Lapid como Gantz prometeram manter a coligação.

A aliança fez campanha sobretudo contra Benjamin Netanyahu, focando-se nas acusações de corrupção que pesam sobre o primeiro-ministro, e dizendo que passados dez anos no cargo, estaria na altura de passar o testemunho a outra pessoa.

Na noite eleitoral, Gantz foi o primeiro a reivindicar a vitória, com base numa das sondagens à boca das urnas. Mas à medida que os votos começaram a ser contados esta vantagem perdeu-se e tornou-se claro que era Netanyahu quem tinha a melhor hipótese de formar a coligação.

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