A estreia europeia do estádio do Tottenham rendeu mais um golo de Son Heung-min

A equipa londrina venceu o Manchester City no jogo da primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões.

Foto
Son Heung-min foi o herói do Tottenham Reuters/PAUL CHILDS

White Hart Lane foi, durante mais de um século, a casa histórica do Tottenham. Quando o clube decidiu avançar para a construção de um novo estádio, Wembley assumiu temporariamente o estatuto de reduto dos “spurs”, até à inauguração recente do novo recinto do Tottenham, designado simplesmente Tottenham Hotspur Stadium. Mas, depois da estreia europeia do estádio, talvez não fosse mal pensado dar-lhe o nome de Son Heung-min. Ou de Hugo Lloris. Os dois foram decisivos no triunfo da equipa de Mauricio Pochettino sobre o Manchester City (1-0), que coloca o Tottenham em vantagem nos quartos-de-final da Liga dos Campeões.

Na estreia oficial no novo estádio o Tottenham vencera o Crystal Palace por 2-0 em partida da Premier League – Son Heung-min inaugurou o marcador e Christian Eriksen completou o resultado. E, na estreia europeia do recinto, o sul-coreano voltou a inscrever o nome nas páginas de história, deixando os “spurs” mais perto do regresso às meias-finais da Liga dos Campeões, onde estiveram pela última vez em 1962 (e seriam eliminados pelo futuro campeão Benfica).

Vindo de um triunfo sobre o Brighton (1-0) que permitiu garantir a presença na final da Taça de Inglaterra, o treinador do Manchester City, Pep Guardiola, fez quatro mudanças no “onze”, incluindo a saída de Bernardo Silva – que nem no banco de suplentes esteve, devido a problemas físicos. E os “citizens” passaram por algumas dificuldades perante a pressão intensa de um adversário empenhado em fazer boa figura frente os seus adeptos, num estádio que ainda cheira a novo.

A primeira ameaça foi do Tottenham, com Sissoko na esquerda a colocar na área e Dele Alli a corresponder com um disparo de primeira, que passou ligeiramente por cima da baliza de Ederson. Mas a primeira grande oportunidade pertenceu ao Manchester City: um remate de Sterling foi desviado pelo braço de Danny Rose e, após consulta às imagens do videoárbitro, Björn Kuipers assinalou penálti. Agüero assumiu a responsabilidade, mas frente a Lloris permitiu a defesa (13’).

Galvanizado, o Tottenham tornou a ameaçar aos 24’, num lance em que  Kane recebeu na área sem oposição, rodou e disparou para boa defesa de Ederson. Mas o equilíbrio foi a nota dominante da primeira parte, sem que uma equipa conseguisse superiorizar-se claramente à outra.

O segundo tempo começou com o Manchester City a criar muito perigo: Agüero entregou a bola a Sterling, que rematou de pé esquerdo para defesa apertada de Lloris. À segunda, o francês conseguiu agarrar a bola. Mas aquele que viria a ser o protagonista da noite começava a dar os primeiros avisos. Son Heung-min disparou de fora da área e fez a bola passar muito perto (48’) e voltou a ameaçar Ederson dois minutos depois, após passe de Kane, mas o guarda-redes brasileiro segurou.

E quando o mundo de Mauricio Pochettino pareceu desabar – Kane lesionou-se num lance com Delph e saiu directamente para o balneário, substituído por Lucas Moura – Son Heung-min descansou o treinador e os adeptos. Após passe de Eriksen, o sul-coreano evitou que a bola saísse pela linha de fundo, rodou, tirou Delph da frente e rematou por baixo de Ederson para o golo.

Só no período de compensação o Manchester City incomodaria Lloris, mas o guardião francês contrariou o livre de De Bruyne (90+6’). Se Pep Guardiola quer evitar cair novamente nos quartos-de-final (na época passada foi contra o Liverpool) vai ter de fazer muito melhor na segunda mão da eliminatória.

Sugerir correcção
Comentar