O treinador Abel Ferreira frisou esta sexta-feira o sentimento de “orgulho” pelo trabalho que tem feito no Sp. Braga, assumindo que lutar pelo terceiro lugar com o Sporting é agora o objectivo da equipa minhota.

“É o nosso desafio para esta última fase da época, lutar contra um dos três grandes. Tem sido esse o grande objectivo dos últimos anos, aproximarmo-nos e estar na luta. Foi com isso que me comprometi e é isso que estou a fazer”, afirmou na antevisão da deslocação ao terreno do Moreirense, este sábado, às 20h30, no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos.

O Sp. Braga é quarto classificado, em igualdade pontual com os “leões”, e Abel Ferreira lembrou que, esta época, a equipa chegou às meias-finais da Taça da Liga, que perdeu nos “penáltis” com o Sporting, e às meias-finais da Taça de Portugal, tendo sido eliminada pelo FC Porto.

Numa conferência de imprensa dominada pela palavra “orgulho”, que sente enquanto treinador, nos jogadores e de “pertencer a um clube com uma ambição desmedida”, o técnico avisou que “há um caminho que está a ser percorrido”.

“Mas ninguém chega a doutor sem passar pelos exames, o Braga tem que sentir muito orgulho no que tem feito”, disse.

O Moreirense, quinto classificado, tem sido a grande surpresa do campeonato e Abel Ferreira espera “um jogo contra uma grande equipa, que joga muito bem e teve a competência de escolher jogadores com muita qualidade técnica”.

Os bracarenses vêm de dois jogos em casa com o FC Porto: derrota para o campeonato (3-2) e empate (1-1) na Taça de Portugal. Contudo, segundo Abel Ferreira, o Sp. Braga “é uma equipa confiante e que sabe o que faz”.

Sobre as críticas do presidente, António Salvador, às arbitragens, considerando que estas impediram o Sp. Braga de lutar pelos troféus nacionais, o treinador disse apenas que Salvador “é o porta-voz do grupo” e que no Sp. Braga “se fala a uma só voz”.

Questionado sobre se considera que o seu lugar pode estar em risco para a próxima temporada respondeu: “Custa-me ouvir essa pergunta, mas se o meu lugar estiver em causa por algum motivo que seja, serei o primeiro a dizer ‘bye-bye’. Se assinei no ano passado é porque há um projecto”.

“O tempo do Alan já passou, temos de criar referências, jogadores que sintam esta mentalidade de vencer permanentemente. Nunca na história o Braga começou a época com um sonho tornado objectivo por vocês [jornalistas]. E essa pressão também nos ajuda a crescer. As perguntas sobre o título significam que estamos lá no meio e que está cada vez mais próximo. Vamos lutar pelo nosso sonho, que é diferente de objectivo. Temos de ir passo a passo”, concluiu.