Quinto sismo sentido na ilha de S. Miguel. Actividade sísmica vai manter-se acima do normal

O sismo mais forte teve uma magnitude 2,8 na escala de Richter.

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Manuel Roberto

Um sismo de magnitude 2,2 na escala de Richter foi sentido nesta quarta-feira na ilha de São Miguel, Açores, o quinto registado pelo Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) desde a tarde de terça-feira.

Em comunicado, o CIVISA adianta que o sismo ocorreu às 5h30 (mais uma hora em Lisboa) com magnitude 2,2 na escala de Richter e epicentro a cerca de cinco quilómetros a sul de S. Brás, na ilha de São Miguel.

De acordo com a informação disponível, o sismo foi sentido com intensidade máxima III (Escala de Mercalli Modificada) em Ponta Garça, no concelho de Vila Franca do Campo.

Outros quatro sismos foram sentidos terça-feira nos Açores em pouco mais de seis horas, segundo dados avançados hoje pelo Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA).

Os sismos ocorreram entre as 16h25 e as 22h38 locais de terça-feira (mais uma hora em Lisboa).

O último teve uma magnitude 2,2 na escala de Richter e o epicentro localizou-se a cerca de seis quilómetros a sul-sudoeste de S. Brás, ilha de S. Miguel.

“De acordo com a informação disponível até ao momento o sismo foi sentido com intensidade máxima III/IV (Escala de Mercalli Modificada) em Ponta Garça (concelho de Vila Franca do Campo) e em Porto Formoso (concelho da Ribeira Grande)”, de acordo com o CIVISA.

Antes, tinham sido sentidos outros três sismos. Um às 19h33 locais, de magnitude 2,8 na escala de Richter, também com epicentro em São Miguel, a seis quilómetros de Ribeira das Tainhas.

“O sismo foi sentido com intensidade máxima IV (Escala de Mercalli Modificada) em S. Pedro, Ribeira Seca, Ribeira das Tainhas e Ponta Garça (concelho de Vila Franca do Campo), e em S. Brás, Porto Formoso e Maia (concelho da Ribeira Grande)”, referiu o CIVISA no seu sítio na internet.

A mesma entidade acrescentou que o sismo foi ainda sentido em Água d"Alto (concelho de Vila Franca do Campo) e nas Furnas (concelho da Povoação).

Os outros dois sismos foram também sentidos na ilha de São Miguel, um às 16h25 e outro às 17h08 locais.

O primeiro teve magnitude de 2,7 na escala de Richter e epicentro a cerca de quatro quilómetros a norte da Ribeira das Tainhas.

“O sismo foi sentido com intensidade máxima IV (Escala de Mercalli Modificada) em todas as freguesias do concelho de Vila Franca do Campo, e nas Furnas e Ribeira Quente (concelho da Povoação). O evento foi ainda sentido com intensidade III em Maia e Porto Formoso (concelho da Ribeira Grande)”, informou o CIVISA.

O segundo sismo, às 17h08, teve o seu epicentro no mesmo local, mas foi de magnitude 2,2 na escala de Richter.

O CIVISA adiantou que este sismo foi sentido com intensidade máxima II/III (Escala de Mercalli Modificada) em São Pedro, no concelho de Vila Franca do Campo.

Actividade sísmica deve manter-se acima do normal

“Há um aumento da actividade sísmica desde 1 de Abril [segunda-feira], tendo-se registado um maior incremento desde a tarde de terça-feira, mas nas últimas horas há uma diminuição da actividade sísmica”, afirmou o presidente do CIVISA, Rui Marques, à agência Lusa.

Segundo explicou o responsável, desde o fim de segunda-feira que “há um ligeiro incremento da actividade sísmica, embora o maior incremento nesta zona central da ilha de São Miguel se tenha registado” desde o final da tarde de terça-feira.

“Os sismos estão associados a esta zona do maciço vulcânico central da ilha de São Miguel, o vulcão do Fogo, mas a assinatura que têm é de origem tectónica”, referiu ainda Rui Marques, sinalizando que na manhã desta quarta-feira “os valores da sismicidade estão ligeiramente acima dos valores normais”.

O vulcão do Fogo é uma das zonas consideradas mais activas a nível de sismicidade do arquipélago dos Açores.

“Nos últimos anos, o vulcão tem tido um maior número de crises sísmicas e de incremento de actividade do que as restantes zonas”, lembrou ainda o presidente do CIVISA, admitindo também que, “face ao padrão de sismicidade que se está a registar, a probabilidade de haver um novo sismo sentido pela população é elevada”.

Ainda assim, adiantou, “a registar-se algum sismo sentido pela população, e dentro deste padrão, deverá ser um sismo de baixa magnitude”.

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