Há uma nova aula de fitness e chama-se ballet flow

A partir desta segunda-feira seis clubes do Holmes Place têm uma nova aula de fitness: o ballet flow. A ideia é trabalhar a força muscular e abdominal com inspirações nos exercícios do ballet.

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Cada aula dura 45 minutos DR

Num estúdio do Holmes Place do Palácio Sottomayor, em Lisboa, a instrutora Ruth Plácido explica que vamos precisar das posições do ballet para executarmos os exercícios da aula. E, com sapatilhas de ballet, exemplifica a primeira posição com os calcanhares juntos. “Também vamos precisar dos braços como os do ballet”, avisa. Ao som da música Try, de Pink, lá começamos a fazer pliés e os movimentos dos braços (port de bras). Se até aqui tudo parecia (quase) indicar que se tratava de uma aula de ballet, na verdade esta é não é uma aula de dança. É de ballet flow, uma nova aula de fitness que começa esta segunda-feira em seis clubes da cadeia de ginásios.

“Não é uma aula de dança. Esta é uma aula de fitness inspirada em movimentos de ballet e dança contemporânea. É como se fosse uma aula de total condicionamento físico, mas não utilizamos os pesos”, explica Ana Travassos, outra das instrutoras desta aula. “Há uma faixa de aquecimento, outra de condicionamento, uma de flexibilidade, uma parte cardiovascular e termina-se com os alongamentos.”

Há vários anos que os movimentos do ballet têm influenciado as aulas de fitness nos ginásios. Lançado em 2016, o ballet flow é a aula de assinatura do Holmes Place idealizada pela instrutora grega Tanya Meimaridi. “Acho que este tipo de aulas se tornaram uma tendência”, diz ao PÚBLICO por e-mail. “E tive a sorte de me pedirem para criar esta aula.”

E não foi um pedido em vão. Tanya Meimaridi começou a fazer ballet ainda antes dos três anos e foi bailarina profissional em Londres, nomeadamente na English National Opera e na National Youth Ballet. “Aprendi com os melhores professores em Londres e também dancei em alguns dos melhores teatros incluindo o Royal Opera House, o Royal Festival Hall, o Teatro Sadlers Wells e o Royal Albert Hall”, conta, acrescentando que também dançou para espectáculos de televisão e coreografou várias peças de dança.

Quanto ao fitness, também fez formação em Londres e trabalhou em marcas como a Les Mills. Actualmente está a formar instrutores em ballet flow em clubes do Holmes Place de toda a Europa.

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Tanya Meimaridi, instrutora que idealizou estas aulas DR

Para Tanya Meimaridi, uma aula de ballet flow também pode ser uma aula de dança. Então, para si, o que é esta modalidade? “É um treino que combina técnicas e movimentos básicos de ballet com elementos do fitness para ajudar a superar a falha entre os dois e para que se consiga aproveitar os benefícios do treino do ballet.”

Contudo, nem todos os instrutores têm formação em dança como Tanya Meimaridi. “O nosso denominador comum é que somos todos instrutores do Holmes Place”, frisa Ana Travassos. Embora nunca tenha feito ballet, a instrutora praticou ginástica rítmica. Já Ruth Plácido dá aulas de ballet para crianças e tem formação em danças do mundo. “Também há alguns de nós que nunca fizeram verdadeiramente nada [na dança].”

Até agora, já há ballet flow em Espanha, Grécia, Polónia e Alemanha. A Suíça e a Áustria deverão ter nos próximos meses. Em Portugal, (por agora) haverá aulas de 45 minutos duas vezes por semana nos clubes da Avenida Defensores de Chaves, Palácio Sottomayor (ambos em Lisboa), de Cascais, de Miraflores (Algés), do Porto Baixa (no Porto) e de Vila Nova de Gaia.

Leves, alongados e a sorrir

Todos podem fazer esta aula e não há razões para alguém se sentir intimidado pelas técnicas do ballet. Durante as aulas, as instrutoras dão a opção de cada um adequar a intensidade dos exercícios ou de não utilizar os braços em alguns exercícios. “Se os braços estiverem a atrapalhar, podem colocá-los nas ancas”, aconselha Ana Travassos.

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Tanya Meimaridi já foi bailarina profissional DR

Também Tanya Meimaridi assume que um dos segredos destas aulas é deixar os alunos confortáveis e sem medo dos exercícios de ballet, ao mesmo tempo que tiram benefício deles. “Nestas aulas, trabalha-se a força muscular, a força abdominal, a postura, a mobilidade e treina-se a memória.”

“Acho que os nossos membros [do Holmes Place] vão ficar surpreendidos com o que conseguem fazer nesta aula sem se sentirem intimidados”, afirma a instrutora grega. “Esta aula faz-nos sentir leves e alongados mas também com um sorriso na cara porque no final [antes dos alongamentos] construímos uma sequência muito básica de ballet, o que nos dá liberdade de aproveitar a música e dançar.”

Quanto ao equipamento, apenas terá de ir confortável. O único conselho que as instrutoras deixam é a utilização de meias antiderrapantes ou sapatilhas de ballet, para que não se escorregue. “Também pode trazer um tutu”, brinca Ana Travassos. Afinal, a ideia também é que nos sintamos bailarinas e bailarinos durante esta aula.

O PÚBLICO experimentou a aula a convite do Holmes Place.

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