Deputado do PS quer voto electrónico online para a diáspora

Proposta de Paulo Pisco pretende “facilitar uma maior participação eleitoral dos portugueses no estrangeiro”.

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Ideia é facilitar a participação dispensando a deslocação às urnas Nuno Ferreira Santos

O deputado socialista eleito pelo círculo da Europa, Paulo Pisco, defendeu neste domingo em Toronto, no Canadá, a implementação do voto electrónico online, considerando que vai “facilitar uma maior participação eleitoral dos portugueses no estrangeiro”. “A possibilidade do voto electrónico online deve ser explorada e analisada a sua possibilidade para ser implementada para facilitar o direito de voto nos residentes no estrangeiro”, afirmou Paulo Pisco.

O único deputado socialista eleito pelos círculos da emigração falava à agência Lusa, no sábado à noite, durante um jantar com a presença de 150 militantes e apoiantes da secção de Toronto do PS.

No entanto, o deputado reconheceu que têm de existir “condições para o exercício, designadamente de segurança”, até porque alguns países já implementarem o voto electrónico online e “acabaram por desistir”.

“Para um país como Portugal, com o facto de ter uma diáspora muito grande e dispersa, não podemos descartar a possibilidade de alguma vez vir a utilizar o voto electrónico para facilitar a participação eleitoral dos portugueses residentes no estrangeiro. É importante que se verifique a sua implementação”, declarou Paulo Pisco.

Com o recenseamento automático, o número de eleitores portugueses no estrangeiro, portadores do cartão de cidadão, aumentou de 300 mil para quase 1,5 milhões. Estas alterações foram aprovadas em 18 de Julho de 2018 e entraram em vigor em 14 de Agosto.

O deputado explicou que, aquando desta alteração à lei eleitoral, ficou estabelecido o prazo de um ano para que o Governo apresente um estudo sobre a viabilidade da implementação do voto electrónico online de forma a “facilitar a participação dos portugueses no estrangeiro”.

Nas legislativas de 2015, dos 9.682,369 portugueses aptos para votar apenas 43,07% foram às urnas, o valor mais elevado de sempre de abstenção nas legislativas.

“Espero que com esta grande dimensão de eleitores, devido ao recenseamento automático, a diáspora possa já ter uma expressão com uma maior participação”, apelou.

Paulo Pisco esteve em Toronto durante os últimos três dias, tendo encontros com a vice-presidente da Câmara Municipal de Toronto Ana Bailão, com os vereadores Martin Medeiros e Paul Vicente, da câmara de Brampton, visitando ainda o consulado-geral de Portugal, o sindicato da construção, a instituição Luso Canadian Charitable Society, a escola de português Novos Horizontes, entre várias empresas e associações.

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