Triunfo categórico de Federer em Miami

Suíço derrotou John Isner na final e conquistou o 101.º título da carreira.

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LUSA/JASON SZENES

Tem sido um ano atípico, com 14 campeãs diferentes nos torneios do WTA Tour e 19 no ATP Tour… até este domingo. Com o triunfo no Miami Open, Roger Federer tornou-se no primeiro tenista a conquistar dois títulos em 2019. O suíço de 37 anos, que já tinha vencido no Dubai, em Fevereiro, assinou uma exibição imaculada diante de John Isner, para somar o 101.º título da carreira, 28.º da categoria Masters 1000 e quarto em Miami.

Federer mostrou-se muito bem preparado para defrontar um dos melhores servidores do mundo e acabou por ser ele a dominar também neste particular: cedeu apenas três pontos nos oito jogos em que serviu e concretizou quatro dos 10 break-points de que dispôs.

A determinação do suíço ficou bem patente antes de o encontro começar, ao preferir responder ao serviço no jogo inaugural. Seria o primeiro de três breaks que decidiram a partida inicial. A devolver a grande maioria dos serviços adversários e com a esquerda em slice a impor o ritmo que mais lhe convinha, Federer alcançou em 16 minutos uma vantagem confortável (4-1). E sete minutos mais tarde, após vencer 16 pontos consecutivos, fechou com um terceiro break o set, em que cometeu somente dois erros não forçados.

“Foi um começo de sonho. Especialmente depois de assegurar o meu serviço, pude descontrair. Estava dentro do encontro e o meu adversário não”, reconheceu Federer, após a vitória, por 6-1, 6-4.

A defender o título, Isner conseguiu ganhar os primeiros jogos de serviço do segundo set, nivelando o encontro. Mas a resistência do norte-americano foi diminuindo devido a um problema no pé esquerdo que já o afectava desde o primeiro set e foi piorando. Com um ténis irrepreensível – traduzido também nos 17 winners, dos quais seis com a sua esquerda e somente sete erros não forçados – Federer encerrou a final ao fim de 1h04m.

“Estava a defrontar o melhor jogador de sempre, neste ambiente incrível e o meu pé estava a matar-me. Não que eu fosse vencer o encontro, isso que fique claro, mas podia ter tornado a final mais interessante e mais divertida. Roger foi demasiado bom - nos primeiros cinco jogos, nada me perturbava, mas ele estava em todo o lado”, admitiu Isner.

Vinte anos depois de receber um wild-card para disputar o torneio profissional em Miami pela primeira vez, Federer sai da Florida com a certeza de subir ao quarto lugar do ranking e iniciar um período de descanso, de quatro ou cinco semanas, antes de iniciar a época de terra batida. “Já nem me lembro de como se desliza”, ironizou, antes de adiantar: “Vai ser um desafio realmente interessante para mim.”

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