FC Porto sobrevive a tiros nos pés e aplica castigo máximo em Braga

"Dragões" foram forçados a correr atrás do resultado e deram a volta ao marcador no segundo tempo.

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Apesar de dois tiros nos pés, o FC Porto superou o agora “ex-candidato” ao título Sp. Braga (já a oito pontos do primeiro lugar), recuperando, na 27.ª jornada da Liga, por duas vezes de um desastre anunciado (2-3), que destruiria todo o capital de confiança na renovação do estatuto de campeão nacional. 

O triunfo alcançado pelos “dragões” em Braga, o terceiro da época e quinto consecutivo sobre os “guerreiros” (que voltam a defrontar na terça-feira para a Taça de Portugal) acabou por ser arrancado a ferros, graças a duas grandes penalidades cometidas por Claudemir. Depois de ter assinado o 1-1, na sequência de um canto, o “carrasco” Soares limitou-se a selar, da marca dos 11 metros, a vitória que dedicou a Alex Telles, autor do 2-2, num momento caricato — o internacional “canarinho” lesionou-se na sequência do primeiro penálti do encontro. 

A equipa de Abel Ferreira via, de forma inglória, esfumar-se o sonho do título, depois de ter ameaçado abater um campeão desastrado, a tropeçar no início da primeira e segunda partes. O Sp. Braga limitava-se a aproveitar duas hesitações fatais de Casillas, que cumpria o 150.º jogo com a camisola do FC Porto, para poder defender com maior conforto a estratégia delineada pelo treinador, que voltou a terminar a partida na bancada. 

Com Dyego Sousa por conta própria no ataque, Abel cerrava fileiras e contrariava, sem problemas, a tese de que o Sp. Braga teria que arriscar tudo se quisesse entrar na discussão do título. Os minhotos optaram, antes, por uma postura mais cautelosa, reforçada pela vantagem conquistada por Wilson Eduardo (5’), no primeiro erro da tarde do guarda-redes espanhol, que ficou a pedir fora-de-jogo do internacional angolano, perdendo o tempo de reacção necessário para anular um remate defensável.

Ao FC Porto não restavam alternativas num rectângulo demasiado povoado, sem espaços para o futebol de Marega. Por isso, Sérgio Conceição adaptou-se e começou a montar o cerco, com Otávio e Corona em busca de uma nesga que pudesse devolver os “dragões” ao comando do marcador. Mas a solução estava na força das bolas paradas, com Soares a igualar (26’) após um canto e a justificar o domínio galopante do FC Porto. 

Para o Sp. Braga, o intervalo surgia no momento ideal, evitando que o rival invertesse o resultado ainda na primeira parte, que terminava com os minhotos em dificuldades. Sacrifício compensado no regresso para o segundo tempo, com nova falha de Casillas, em que Pepe, Felipe e Militão foram cúmplices num lance caricato: Murilo aproveitou a desorientação colectiva e converteu um lance banal no 2-1 que deixou os visitantes sob enorme pressão. 

O FC Porto, já com Brahimi em campo, voltava a ter que anular uma desvantagem comprometedora para as aspirações no campeonato, tocando a reunir, enquanto a “Pedreira” ameaçava uma atitude ainda mais empedernida.

Dyego Sousa, agora com o novo estatuto de internacional português, poderia ter reclamado o papel de herói, mas o remate que daria o 3-1 aos “arsenalistas” saiu à figura de Casillas. Um “crime” com castigo quase imediato, a ditar o início da cambalhota em Braga. O empate acabaria por nascer de uma falta na área de Tiago Sá, que entretanto salvara um golo certo de Alex Telles (61’), com Claudemir a tocar Militão, num lance muito contestado mas que foi ratificado pelo VAR. Telles colocou  os “dragões” de novo no trilho certo, embora tenha pago um preço elevado, sendo forçado a abandonar, lesionado, na sequência do remate. 

Sérgio Conceição apostava, então, em Fernando Andrade e o brasileiro seria protagonista no lance do segundo penálti de Claudemir, que Soares (79’) não perdoou, levando os portistas à vitória que deixou o Sp. Braga fora do título e já alcançado pelo Sporting.

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