Museu do Chiado cede espaço à colecção de arte da Fundação Millennium BCP

Por seu turno, à Fundação Millennium BCP "caberá efectuar as obras de recuperação e de adaptação, assim como dar acesso à sua colecção, para efeitos de estudo e de investigação".

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Museu do Chiado Miguel Manso

O Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, em Lisboa, vai ceder uma área expositiva à colecção de arte Fundação Millennium BCP, que executará as obras de recuperação e adaptação, segundo um protocolo que será esta quinta-feira assinado entre ambos.

De acordo com um comunicado divulgado pelo Ministério da Cultura, no âmbito do protocolo, a Direcção-Geral do Património Cultural vai disponibilizar à Fundação Millennium BCP uma área de 315 metros quadrados para a exposição de obras da sua colecção no museu.

Por seu turno, à Fundação Millennium BCP “caberá efectuar as obras de recuperação e de adaptação, assim como dar acesso à sua colecção, para efeitos de estudo e de investigação”.

O protocolo assinado esta quinta-feira no Museu do Chiado, também envolve a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, que também ocupa uma parte do Convento de São Francisco, à qual “competirá disponibilizar ao Museu Nacional de Arte Contemporânea e à Fundação Millennium BCP o acesso a uma área descoberta, que está sob a sua gestão”.

Nos termos do protocolo tripartido, a Faculdade de Belas Artes também se compromete a promover a investigação da obra de artistas representados nas colecções do museu e da fundação.

O protocolo de colaboração prevê o desenvolvimento de actividades entre o Museu do Chiado e a Fundação Millennium BCP, nomeadamente, a realização de exposições conjuntas.

Em Julho de 2015, depois de duas décadas de negociações que passaram por vários Governos, o Museu do Chiado foi ampliado para a rua Capelo, de onde saíram as antigas instalações do Governo Civil de Lisboa, e passou a ter duas entradas, em conjunto com a da Rua Serpa Pinto, que contornam o convento.

“São objectivos agora traçados reforçar a programação e aumentar o conhecimento da investigação no âmbito da criação artística contemporânea. Em suma, enriquecer a diversidade da oferta cultural e fomentar o acesso à arte”, segundo o comunicado da tutela.

O reforço do número de visitantes, “atendendo ao potencial histórico-cultural e económico da zona onde se situa o museu é também uma das mais valias deste acordo”, acrescenta, sobre os objectivos.

“Com este protocolo, aumentamos o potencial das colecções, através das suas complementaridades expositivas, a par do estímulo à criação artística e à respectiva preservação e valorização do património imobiliário”, sublinha ainda a tutela.

No final do ano passado, numa entrevista à agência Lusa, a directora do museu, Emília Ferreira, defendia que o projecto de ampliação do museu deveria “avançar com urgência”, devido aos constrangimentos de espaço para as exposições e reservas.

“Estamos em fase de levantamento dos espaços, em diálogo com a tutela [Ministério da Cultura] para calendarizar os procedimentos e a procurar mecenas que apoiem” a recuperação do museu, indicou, na altura.

Situado no centro histórico de Lisboa, o Museu do Chiado foi fundado em 1911, como Museu Nacional de Arte Contemporânea, e o seu acervo integra mais de 5 mil peças de arte, num percurso cronológico desde 1850 até à actualidade, incluindo pintura, escultura, desenho, fotografia e vídeo.

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