Rio: se não passar “qualquer coisa feia pela cabeça do PS”, o acordo é “relativamente fácil”

Para o líder do PSD, o entendimento sobre a nova Lei de Bases da Saúde é "relativamente fácil" se o Governo não afastar o sector privado.

Foto
O líder do PSD defendeu ser “relativamente fácil” um entendimento com o Governo LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

 O líder do PSD, Rui Rio, defendeu esta segunda-feira ser “relativamente fácil” um entendimento com o Governo sobre a nova Lei de Bases da Saúde, referindo que esse cenário só será inviabilizado por “manifesta táctica política” do PS.

“Só não haverá um entendimento sobre a Lei de Bases da Saúde, que são linhas orientadoras, por manifesta táctica política do PS. Eu acho que é relativamente fácil chegar a um entendimento”, afirmou aos jornalistas o presidente do PSD em Viana do Castelo antes de iniciar uma reunião, à porta fechada, com militantes do distrito.

“A não ser que, de repente, passe qualquer coisa feia pela cabeça ao PS e diga: sector social e sector privado rua. É tudo público, tudo público. Se for isso, aí não há acordo”, avisou Rui Rio.

O presidente do PSD referiu que a proposta do PSD é “perfeitamente equilibrada”. “Só por uma teimosia muito grande é que o Partido Socialista diz que não dialoga com o PSD, nem com o CDS, que só dialoga com o Bloco de Esquerda ou com o PCP. Se for assim, não há acordo”, frisou.

O Governo quer aprovar, ainda nesta legislatura, a nova Lei de Bases da Saúde que defenda o Serviço Nacional de Saúde (SNS) "universal, público e tendencialmente gratuito.

No domingo, num discurso no jantar de abertura, em Alpalhão, concelho de Nisa, das jornadas da proximidade do PS, em Portalegre, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, afirmou que um dos “enormes desafios” até Julho é a aprovação da Lei de Bases da Saúde. “Queremos aprovar esta lei com quem quiser estar connosco, com o máximo de apoio, com a melhor e a maior maioria possível”, afirmou Duarte Cordeiro.

Questionado, no sábado, sobre se o Governo afrontará o Presidente da República se Marcelo Rebelo de Sousa vetar a nova Lei de Bases da Saúde - por o PSD ficar de fora da sua aprovação e, pela primeira vez, o PS avançar com a reconfirmação parlamentar, sem alterações, segundo avançou o PÚBLICO, no sábado -, o primeiro-ministro, António Costa, disse que a Lei de Bases “não é para afrontar ninguém”, tendo insistido que o objectivo é ter a maior maioria possível.

“A Lei de Bases da Saúde não é para afrontar ninguém, é para podermos ter um sistema que corresponda àquilo que tem de ser a modernização do SNS”, afirmou.

Sugerir correcção
Comentar