Filme Até que o Porno nos Separe premiado na Holanda

Documentário de Jorge Pelicano foi distinguido no festival Roze Filmdagen, em Amesterdão. A estreia comercial em Portugal está marcada para 1 de Maio.

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Paulo Pimenta

O filme Até que o Porno nos Separe, de Jorge Pelicano, foi distinguido no domingo no festival Roze Filmdagen, em Amesterdão, revelou esta segunda-feira a produtora Até ao Fim do Mundo.

Segundo a produtora, o filme foi eleito melhor documentário, e, segundo o júri, é “uma história sobre uma revelação especial que prova que o amor incondicional acaba por vencer as suas próprias aversões”.

Além de ter sido premiado neste festival dedicado ao cinema LGBTQ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e queer), Até que o Porno nos Separe prossegue o caminho por festivais estrangeiros. Em Abril estará no Days of European Film Festival (República Checa), LGBTIQ Cinema Festival do Centro Niemeyer (Espanha) e Pink Aplle - Lesbian & Gay Film Festival (Suíça). O filme tem estreia comercial a 1 de Maio em Portugal.

Até que o Porno nos Separe acompanha a transformação de uma mãe depois de descobrir que o filho é actor pornográfico gay. Jorge Pelicano regista a jornada emocional de Eulália Almeida, católica e conservadora, a morar nos arredores do Porto, que inicia um processo de aproximação ao filho Sydney Fernandes depois de ter descoberto que ele, emigrado na Alemanha, era homossexual e protagonizava filmes pornográficos enquanto Fostter Riviera, uma estrela no universo porno gay. 

“Este era um filme muito difícil de fazer porque a maior parte das pessoas quer esconder, mas eles queriam contar esta história”, contava em Novembro o realizador ao P3, aquando da estreia nacional do filme no festival Caminhos do Cinema Português, em Coimbra, onde recebeu o prémio de melhor documentário. “O filme é a pura realidade da minha vida, do sofrimento que passei para que este filho não se perdesse, para que eu não perdesse esse filho, porque os filhos nunca se perdem”, realçava, por seu turno, Eulália. 

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