Secretário-geral do PCP diz não perceber “preocupação” de Marcelo sobre lei de bases da Saúde

Jerónimo de Sousa assumiu que o PCP está disponível para negociar e aprovar nova Lei de Bases da Saúde com o PS e o BE

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O líder do PCP assumiu disponibilidade para aprovar a Lei de Bases da Saúde LUSA/ANTÓNIO COTRIM

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, sustentou este sábado que “há condições” para aprovar uma “lei necessária à defesa do Serviço Nacional de Saúde” e afirmou não perceber “a preocupação” do Presidente da República.

“Não percebo a preocupação do Presidente da República porque na década de 90 a lei foi aprovada pelo PSD e CDS e ninguém teve esse prurido, de contar com os outros”, disse Jerónimo de Sousa, referindo-se ao diploma aprovado em 1990, com os votos favoráveis do PSD e do CDS e contra da esquerda parlamentar.

O secretário-geral comunista falava aos jornalistas à margem da manifestação dos professores, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, após ter sido questionado sobre a notícia do PÚBLICO que diz que o Governo reconfirmará a Lei de Bases da Saúde no Parlamento caso o Presidente da República vete o diploma sem incluir o PSD.

Jerónimo de Sousa sublinhou que “há um processo negocial que decorre” e que “há condições para aprovar uma lei necessária à defesa do Serviço Nacional de Saúde”, afirmando que o PCP está disponível para essa discussão. “Quem é determinante naturalmente é o PS, contem connosco para avançar e garantir o Serviço Nacional de Saúde”, acrescentou.

Já hoje, numa conferência na Reitoria da Universidade do Porto, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu que este “não é o momento ideal” para discutir a Lei de Bases da Saúde, considerando preferível que esta fosse discutida em “princípio de legislatura”.

Por seu lado, à margem de uma visita ao concelho do Sardoal, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que o governo quer ver aprovada a nova Lei de Bases da Saúde na presente sessão legislativa, para assinalar os 40 anos do Serviço Nacional de Saúde, e com a “maior maioria possível”.

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