Descoberta na China jazida de fósseis com mais de 50 novas espécies

Até agora, os cientistas identificaram fósseis de 101 espécies, sendo que mais de metade são novas para a ciência.

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Trabalhos perto do rio Danshui (China) Dong King Fu
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Trabalhos perto do rio Danshui (China) Dong King Fu

Cientistas descobriram na China uma jazida de fósseis com mais de 50 espécies com centenas de milhões de anos que não estavam ainda descritas e que podem ajudar a compreender os primórdios da evolução animal. O trabalho foi publicado na revista científica Science esta sexta-feira.

Localizado nas margens do rio Danshui, o depósito de Qingjiang, no Sul da China, reúne fósseis do início do Câmbrico, período que decorreu há entre 542 milhões e 488 milhões de anos. Até agora, os cientistas identificaram na jazida fósseis de 101 espécies, das quais mais de metade (53%) não estavam descritas, refere-se no resumo sobre o trabalho.

Segundo os autores da investigação, Qingjiang rivaliza com as jazidas de Burgess Shale, no Canadá, e de Chengjiang, também na China, que contêm uma grande e variada colecção de fósseis do mesmo período geológico, incluindo de organismos de corpo mole, o que é uma raridade.

No início do Câmbrico, há cerca de 530 milhões de anos, uma grande variedade de animais marinhos surgiu repentinamente, acontecimento a que os especialistas chamaram de “Explosão do Câmbrico”. Entre os organismos preservados em fósseis dessa época há parentes de crustáceos, estrelas-do-mar, esponjas, moluscos e vermes.

“O tesouro do depósito de Qingjiang oferece uma grande oportunidade para se explorar o modo como as condições paleoambientais influenciaram a estruturação ecológica e os factores evolutivos durante a Explosão do Câmbrico”, refere Allison Daley, da Universidade de Lausanne (Suíça) e que não fez parte desta investigação, num comentário a este trabalho também na Science.

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