O dia em que as lagoas de Santo André e de Melides se abrem ao mar

Na costa alentejana, a abertura anual das lagoas é sempre um acontecimento.

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Abertura da lagoa de Santo André DR/CM Santiago do Cacém
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Abertura da lagoa de Santo André DR/CM Santiago do Cacém
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Abertura da lagoa de Santo André DR/JF Santo André
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Abertura da lagoa de Santo André DR/JF Santo André
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Abertura da lagoa de Santo André DR/JF Santo André
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A Lagoa de Melides DR/CM Grandola

As lagoas de Santo André e de Melides, nos concelhos de Santiago do Cacém e Grândola, respectivamente, voltaram a abrir-se ao mar. A abertura decorreu na terça-feira, com centenas de pessoas a assistirem em ambos os casos. 

A operação, que pretende melhorar a qualidade da água e renovar as espécies, é anualmente realizada perto do início da Primavera.

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A abertura da lagoa de Santo André DR/JF Santo André

“Escolhemos esta altura do ano por estar associada ao equinócio da Primavera, com marés de grande amplitude que permitem renovar as massas de água que entram nas lagoas, melhorar a qualidade da água e contribuir para a manutenção da fauna”, explicava à agência Lusa, antes da abertura das lagoas, André Matoso, director da Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Alentejo, integrada na Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Como refere Matoso, o processo é de "extrema importância para os ecossistemas e gestão dos recursos hídricos”.

A operação consiste na abertura de um canal entre o corpo lagunar e o mar, com “recurso a maquinaria pesada” e “escavado abaixo da cota de fundo”, sendo coordenada pela APA em articulação com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas e a colaboração da Capitania do Porto de Sines.

Abertura da lagoa de Melides DR/JF Melides
Abertura da lagoa de Melides - com surfista a aproveitar a "onda" DR/JF Melides
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Abertura da lagoa de Melides DR/JF Melides

“Escolhe-se o alinhamento do canal preferencial de escoamento da água para o mar, através de meios mecânicos, para se tornar mais rápido o processo que se fazia há alguns séculos com recurso às juntas de bois e a pás”, resumia. 

Uma tradição mais recente também se voltou a repetir: a dos surfistas a aproveitarem esta onda mais calma criada no canal pelo encontro das águas.

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