As pernas não pesaram e o Benfica reassumiu a liderança

Equipa de Bruno Lage venceu por 0-4 na visita ao Moreirense e recuperou primeiro lugar na classificação. Desgaste do prolongamento disputado contra o Dínamo Zagreb não teve consequências

O Benfica quebrou a resistência do Moreirense
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O Benfica quebrou a resistência do Moreirense LUSA/OCTAVIO PASSOS
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O prolongamento que o Benfica foi obrigado a jogar na quinta-feira, frente ao Dínamo Zagreb, para carimbar o apuramento para os quartos-de-final da Liga Europa, não pesou nas pernas dos jogadores de Bruno Lage, que venceram no terreno do Moreirense (0-4) e alcançaram o FC Porto no topo da classificação da I Liga. Um golo a fechar a primeira parte para o 0-2, e outro a abrir a segunda, que resultou no 0-3, deram conforto aos “encarnados” e abalaram a confiança dos anfitriões, que estiveram muito longe da imagem mostrada no duelo entre as duas equipas na primeira volta, na Luz, que venceram por 1-3.

Perante uma das surpresas do campeonato – o Moreirense entrou para esta jornada na quinta posição –, o Benfica enfrentou alguma resistência, mas a partir do momento em que conseguiu quebrá-la desmontou o plano de jogo de Ivo Vieira. A jogar em casa, o Moreirense ostentava uma das melhores defesas do campeonato, com nove golos sofridos em 12 jogos, mas não foi capaz de travar o caudal ofensivo dos “encarnados”. A última equipa a conseguir marcar mais de um golo no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas tinha sido o Sporting, na primeira jornada do campeonato (1-3).

O treinador do Benfica fez quatro alterações no “onze” relativamente ao jogo contra o Dínamo Zagreb: regressaram Grimaldo, Samaris, João Félix e Jonas (saíram Yuri Ribeiro, Fejsa, Zivkovic e Jota) e os “encarnados” não demoraram a criar perigo: logo aos três minutos Rafa deixou Pizzi em excelente posição, mas cara a cara com o guarda-redes o remate saiu ao lado. No entanto, até foi a equipa comandada por Ivo Vieira a primeira a introduzir a bola na baliza contrária, aos 22’. Bilel cruzou na esquerda, Arsénio fez-se à bola mas não pareceu tocar-lhe, Vlachodimos fiou-se no golpe de vista e a bola só parou no fundo da baliza. A jogada, porém, seria anulada pelo árbitro da partida, por fora-de-jogo de Arsénio (ficam dúvidas relativamente à posição do jogador do Moreirense).

Igual sorte teria o Benfica aos 30’, num lance inicialmente validado por Nuno Almeida. Rafa conduziu a jogada, colocou em Pizzi que depois tocou para Jonas. O brasileiro empurrou para o golo, que após indicação do videoárbitro foi anulado devido a posição irregular de Pizzi.

O perigo rondava as balizas, mas o Benfica foi intratável no final da primeira parte e conseguiu construir uma vantagem confortável. João Félix fez o 0-1 (37’), aproveitando um passe de Grimaldo e um erro clamoroso de Ivanildo Fernandes, que falhou o corte e deixou a bola passar para o jovem “encarnado”. Aos 43’ Samaris fez o segundo, com um cabeceamento forte a corresponder ao canto teleguiado de Pizzi.

João Félix ainda teve nos pés o terceiro, numa finalização acrobática a corresponder a um passe longo de Jonas, que falhou a baliza por centímetros. E o Moreirense deu sinal de vida por Pedro Nuno, que cabeceou para boa defesa de Vlachodimos.

Qualquer aspiração que o Moreirense tivesse a uma reviravolta caiu por terra logo a abrir o segundo tempo. O Benfica desferiu mais uma estocada, com Rafa a assinar o 0-3 numa desmarcação excelente após passe de Jonas.

Ainda havia 40 minutos pela frente, que a equipa de Bruno Lage aproveitou para gerir a vantagem e o ritmo do jogo a contento. O Moreirense não passou de ameaças tímidas, com Chiquinho como protagonista, com destaque para o livre directo aos 52’ a obrigar Vlachodimos a uma excelente defesa. Mas seriam os “encarnados” que ainda voltariam a marcar, na sequência de canto. Após vários ressaltos, Florentino mostrou sentido de oportunidade e, no sítio certo, bateu Pedro Trigueira (83’). Venha daí a pausa das selecções.

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