FC Porto ao sabor do VAR e a defesa a voltar a resolver

Videoárbitro tirou um penálti e confirmou outro, depois de expulsar Lucas Áfrico e de anular dois golos a Danilo. Alex Telles e Militão impuseram-se de bola parada e "dragões" isolaram-se no comando da Liga.

Fotogaleria
LUSA/FERNANDO VELUDO
Fotogaleria
LUSA/FERNANDO VELUDO / NFACTOS
Fotogaleria
LUSA/FERNANDO VELUDO / NFACTOS

O FC Porto assumiu, graças a uma vitória construída a pulso (3-0), frente a um Marítimo reduzido a dez praticamente desde o início, a liderança isolada do campeonato, devolvendo a bola ao Benfica, que no domingo joga pressionado num campo onde os “dragões” deixaram dois pontos.

Mais uma vez, os defesas Alex Telles, de penálti, e Militão, em lance de bola parada, resolveram um problema que parecia querer ganhar proporções imprevisíveis, face à postura de um adversário apostado em arrancar um ponto onde apenas V. Guimarães e Benfica passaram incólumes.

Petit, com cinco alterações em relação ao jogo com o Moreirense, sacrificou Joel Tagueu, autor dos dois golos decisivos, assumindo vincada preocupação defensiva, numa estratégia que acabou por ser abalroada pela expulsão de um dos defesas destacados para a missão de bloquear o FC Porto. Lucas Áfrico placou Marega, que se isolava, embora tenha sido preciso a intervenção do VAR para dissecar o lance e transformar o amarelo inicial numa ordem de expulsão, aos 6 minutos.

O VAR assumia assim, poucos instantes depois de ter “despenalizado” um castigo máximo assinalado por João Capela, aos 4’, por pretensa mão de Nanu, um protagonismo inesperado, transformando um jogo que já se previa de intenso domínio portista num exercício de pura resistência e apneia para os madeirenses.

Petit colmatava a saída do central recuando o médio René Santos e o FC Porto, insensível, sitiava o adversário. Com o mesmo “onze” com que bateu a Roma e o Feirense, Sérgio Conceição ia confiando na inevitabilidade do golo, que Soares, Marega, Danilo e Corona adiavam, enquanto Charles ganhava confiança, preparando-se para mais uma noite de intenso trabalho e brilho. 

Ao intervalo, que chegou depois de um golo bem anulado a Danilo, o Marítimo não tinha conquistado um canto nem tentado um remate. Marega era quem parecia mais perto de poder resolver o quebra-cabeças, mas o maliano apenas ajudava a salientar o trabalho do guarda-redes brasileiro, levando à intervenção de Conceição, que mandava Brahimi e Manafá para a rampa de lançamento. No regresso das cabinas, Militão assumia a posição do amarelado Pepe, abrindo alas ao ex-algarvio Manafá... E o Dragão acreditava cada vez mais no assalto final. 

Mas foi preciso nova intervenção do VAR para colocar os campeões na frente, com um penálti de Gamboa, a desviar com o braço o remate à queima-roupa de Soares. Capela viu as imagens e Alex Telles atirou a contar, esvaziando a pressão. Militão confirmaria, no último quarto de hora, a vitória, antes de o VAR voltar a negar um golo a Danilo e de Brahimi, com um remate cruzado após passe de Corona, fechar as contas.

Sugerir correcção
Ler 4 comentários