PSD e CDS repetem que Pedro Marques foi o “pior ministro” do Governo

Novo ministro do Planeamento, Nelson Souza, reiterou que Portugal está no “pelotão da frente” na execução dos fundos europeus.

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Nelson Souza, o novo ministro do Planeamento LUSA/ANTÓNIO COTRIM

O debate era sobre a execução de fundos estruturais mas depressa se percebeu a mensagem que a bancada queria passar: Pedro Marques, candidato do PS, às europeias, foi “o pior ministro deste Governo”. Foi a expressão mais repetida no debate parlamentar de actualidade marcado pelo PSD e que foi reiterada por Pedro Mota Soares, o número dois da lista do CDS às europeias.

O pingue-pongue entre o PSD e o PS andou à volta dos números de execução de fundos comunitários entre o anterior e o actual Governo, com as atenções centradas em Pedro Marques, o ministro do Planeamento e Infra-Estruturas, que tinha esta pasta.

No arranque do debate, o social-democrata António Costa Silva acusou o ex-ministro de repetir “mensagens enganadoras” sobre a elevada execução do quadro comunitários do Portugal 2020, lembrando que Pedro Marques apontou Portugal como o país que está “em primeiro lugar”. “A verdade”, sublinhou o deputado, é que a execução “é agora mais baixa do que no período correspondente do QREN, o quadro financeiro anterior”.

 O socialista Pedro Coimbra deu outra versão. Afinal, o Governo do PSD deixou a execução de fundos “em estado anémico”, situada em 2%, enquanto o actual Governo tem 33%, dois mil milhões de euros em 3 três anos.

A intervenção do BE ficou à margem da guerra dos números e centrou-se na reprogramação do actual quadro financeiro levada a cabo pelo ex-ministro Pedro Marques. Heitor de Sousa saudou as correcções que foram feitas, aproveitando para criticar as opções do anterior Governo sobre a prioridade dada apenas ao transporte ferroviário de mercadorias, apesar de ainda manter algumas reservas.

O comunista Bruno Dias também apontou “reprogramações insuficientes” ao colocar o investimento público como “subproduto”.

À direita, Pedro Mota Soares insistiu na baixa execução do programa Portugal 2020 em áreas como a ferrovia, ensino superior ou o compete, para concluir que Pedro Marques foi “o pior ministro deste Governo”. O sucessor na pasta, Nelson Sousa, rebateu: Este dossier “foi liderado e bem liderado pelo ex-ministro Pedro Marques. Foi capaz de conduzir a uma boa taxa de execução dos fundos comunitários, foi capaz de reprogramar”. O ministro do Planeamento reiterou ainda que Portugal está no “pelotão da frente” na execução do programa Portugal 2020 e apontou o dedo aos políticos que agora criticam estes dados por não terem conseguido, “no início do programa, efectuar pagamentos às empresas”.

“Portugal está no pelotão da frente dos que mais executaram fundos comunitários na União Europeia. No final de 2018, […] Portugal era, em termos absolutos, o segundo país que mais recebeu fundos comunitários na União Europeia, apenas suplantado pela Polónia, que tem um pacote financeiro quatro vezes [superior] ao de Portugal”, disse.

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