Chefes da diplomacia de Lisboa e Madrid encontram-se amanhã

Na agenda, próxima cimeira biltareal, Brexit e Venezuela. Portugal e Espanha têm posições idênticas de crítica a Maduro e exigem eleições.

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Augusto Santos Silva daniel rocha

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, recebe na sexta-feira o seu homólogo espanhol, Josep Borrell, numa reunião em que abordarão as relações bilaterais, o “Brexit” e a Venezuela, anunciou esta quinta-feira o Ministério português.

Segundo o comunicado, o encontro está agendado para o início da tarde desta sexta-feira no Palácio das Necessidades, em Lisboa, e abordará o seguimento das conclusões da Cimeira luso-espanhola, a saída do Reino Unido da União Europeia, as migrações e as interconexões energéticas e ainda a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas e os interesses partilhados na América Latina, em particular a actual situação na Venezuela. Finda a reunião, os chefes das duas diplomacias darão uma conferência de imprensa.

Em Novembro de 2018, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou em Valladolid, Espanha, que a Cimeira luso-espanhola de 2019 realiza-se na Guarda. Na 30.ª cimeira bilateral, Portugal e Espanha chegaram a acordo sobre políticas de desenvolvimento das regiões despovoadas e envelhecidas junto à fronteira comum para assegurar a sustentabilidade futura dos territórios, tornando-os atractivos para viver, trabalhar e investir.

Os dois países definiram uma estratégia ibérica para desenvolver as zonas da raia, onde o despovoamento é um problema transversal nos dois lados da fronteira. Em princípio, em final de Abril, os técnicos dos dois países apresentam medidas concretas para combater a desertificação do interior.

Augusto Santos Silva e Josep Borrell vão ainda debater a actual crise política na Venezuela, que se agravou desde o passado dia 23 de Janeiro, quando Juan Guaidó se autoproclamou Presidente interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro. Lisboa e Madrid mantêm uma posição idêntica sobre a necessidade de eleições para solucionar a crise política e ambas as capitais reconheceram Guaidó.

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