Europeias: PSD escolhe Graça Carvalho para o quarto lugar e Carlos Coelho para o sétimo

Rui Rio propõe lista paritária para o Parlamento Europeu. Mota Amaral e os Açores ficam de fora.

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Rio com Paulo Rangel, o cabeça de lista do PSD LUSA/PAULO NOVAIS

Rui Rio propôs uma lista totalmente paritária para as próximas eleições europeias, escolhendo o actual eurodeputado José Manuel Fernandes para terceiro lugar, depois de Lídia Pereira, líder da juventude do PPE. A lista liderada por Paulo Rangel apresenta Maria Graça Carvalho, ex-ministra da Ciência e Ensino Superior, em quarto lugar, e Álvaro Amaro, presidente da Câmara da Guarda e dos Autarcas sociais-democratas, na quinta posição. Estes dois nomes são duas das novidades nos primeiros lugares da lista que foi apresentada esta tarde na comissão política nacional, segundo apurou o PÚBLICO, e que será votada no conselho nacional desta noite em Coimbra. 

Para o sexto lugar, o PSD escolheu a madeirense Carla Aguiar, que foi eleita para o Parlamento Europeu em 2014. A posição seguinte é também de um actual eurodeputado - Carlos Coelho. Nos primeiros sete lugares da lista quatro nomes são repetidos entre os actuais eleitos – Paulo Rangel, José Manuel Fernandes (que é também líder da distrital de Braga), Cláudia Aguiar e Carlos Coelho. Maria da Graça Carvalho, que foi ministra nos governos de Durão Barroso e de Santana Lopes, foi deputada do Parlamento Europeu entre 2009 e 2014. Actualmente é coordenadora da área do Ensino Superior no Conselho Estratégico Nacional.

A Região Autónoma dos Açores perdeu o lugar, depois de o ex-presidente da Assembleia da República, João Bosco Mota Amaral, se ter recusado a ir na oitava posição. Na sua vez, o PSD deverá apostar em Ana Miguel dos Santos, advogada de Águeda, que tinha sido o nome escolhido para a lista pela distrital de Aveiro, liderada por Salvador Malheiro, vice-presidente do PSD.

Já antes da comissão política nacional, o secretário-geral do PSD tinha lançado um ultimato ao PSD-Açores: “Fruto das circunstâncias de a Madeira ter eleições este ano, o representante da Madeira ficará em sexto lugar e os Açores em oitavo, se aceitar. Senão ficará com nenhum.” José Silvano explicou que, há dois meses, a comissão permanente aprovou o princípio de que só uma das regiões autónomas teria direito a lugar elegível (neste momento o PSD tem seis eurodeputados), a outra ficaria em posição de destaque. As eleições na Madeira deste ano determinaram que fosse esta a região autónoma a ser privilegiada. Só que Mota Amaral, o nome indicado pelo PSD-Açores já depois de este princípio ter sido aprovado pelo núcleo duro da direcção, recusou-se a ir em oitavo, um lugar não elegível. “Quem indicou o nome do dr. Mota Amaral foi a comissão política regional, lá sabe porquê, porque o princípio vale para todos”, afirmou José Silvano, citado pela Lusa. O líder do PSD-Açores, Alexandre Gaudêncio, prometeu fazer uma intervenção no conselho nacional, depois de já se ter admitido um boicote à campanha das europeias na região.

No último lugar da lista consta um ex-ministro de Passos Coelho: Miguel Poiares Maduro irá no 29.º lugar, o do último dos suplentes, como apoio “simbólico” à candidatura do PSD. 

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