Companhia aérea norueguesa vai pedir indemnização à Boeing
O modelo Boeing 737 Max foi suspenso em vários países depois deste fim-de-semana o segundo acidente no espaço de seis meses ter morto 157 pessoas.
A Norwegian Air Shuttle declarou esta quarta-feira que vai pedir uma indemnização à Boeing, fabricante do 737 MAX, após ter suspendido os voos das suas aeronaves deste modelo e arcado, consequentemente, com prejuízos financeiros.
A porta-voz da operadora norueguesa, Tonje Naess, disse esta quarta-feira à agência de notícias Associated Press (AP) que a companhia aérea de Oslo “não pode ficar com o ônus financeiro de uma aeronave nova que não pode ser usada”.
Na terça-feira, a Norwegian Air Shuttle suspendeu os voos dos seus 18 aviões Boeing 737 MAX por recomendação das autoridades da aviação europeia, depois do acidente com o avião da Ethiopian Airlines no domingo, no qual morreram 157 pessoas.
O porta-voz da Ethiopian Airlines, Asrat Begashaw, disse esta quarta-feira também que a “caixa negra” do avião da Boeing que se despenhou no domingo será levada para o estrangeiro para ser analisada, mas nenhum país ainda foi escolhido.
Numa entrevista à AP, Begashaw disse que a companhia aérea etíope ainda não decidiu para onde enviar os dados e os registos de voz do avião.
Vários países suspenderam os voos Boeing 737 MAX nos seus espaços aéreos e muitos companhias aéreas do mundo decidiram deixar em terra os aparelhos deste modelo.
A Agência Europeia de Segurança Aérea determinou na terça-feira o encerramento do espaço aéreo europeu a dois modelos Boeing 737 MAX.
O Boeing 737 MAX 8 da Ethiopian Airlines despenhou-se no domingo de manhã, poucos minutos depois de ter descolado de Adis Abeba para a capital do Quénia, Nairobi.
Na terça-feira, a Boeing indicou que irá actualizar o software de controlo de voo da aeronave 737 MAX para a tornar “ainda mais segura” antes de Abril, data limite imposta pela Agência Federal de Aviação norte-americana.