Bolsonaro vai a Washington falar de cooperação e da Venezuela com Trump

O Presidente do Brasil procura consolidar uma relação com Trump, do qual é um admirador.

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Jair Bolsonaro ADRIANO MACHADO/Reuters

Cooperação económica e Venezuela vão marcar a agenda do encontro entre os presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, e dos Estados Unidos, Donald Trump, que se encontram no dia 19 de Março na Casa Branca.

“O Presidente Trump e o Presidente Bolsonaro vão discutir formas de construir um hemisfério ocidental mais próspero, seguro e democrático. Os líderes das duas maiores economias do hemisfério irão também discutir oportunidades de cooperação de defesa, políticas comerciais de pró-crescimento, combate ao crime transnacional, e a restauração da democracia da Venezuela”, diz o comunicado da Casa Branca a anunciar a visita de Bolsonaro.

Com esta visita, o chefe de Estado do Brasil procura consolidar uma relação com Trump, do qual é um admirador confesso.

Os dois países têm-se aproximado militarmente, tendo Bolsonaro afirmado, em Janeiro, que não punha de parte a ideia de ver instalada uma base militar dos EUA no Brasil.

“Se pensarmos no que pode acontecer no mundo, quem sabe se não teremos que discutir esta questão no futuro”, disse Bolsonaro.

Após ser empossado, em Janeiro, o ex-capitão do Exército brasileiro reuniu-se em Brasília com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, tendo prometido que iria fortalecer a cooperação económica e na área da segurança entre os dois países, bem como na luta contra os “regimes autoritários” de Venezuela e Cuba.

“A minha reaproximação aos Estados Unidos é económica, mas também pode ser militar”, disse Bolsonaro na sua primeira entrevista televisiva depois de tomar posse.

A 22 de Fevereiro, o general Alcides Valeriano Júnior foi anunciado como o primeiro militar brasileiro a assumir um posto no Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos, tendo sido designado para o cargo de subcomando, consolidando uma ligação entre os dois Estados.

“A missão do general Alcides será actuar como ligação entre o Brasil e o Comando Sul. Ele será um assessor do comando e estará subordinado às autoridades norte-americanas, da mesma forma como um oficial de outro país que participasse num comando conjunto no Brasil ficaria subordinado às nossas Forças Armadas”, disse o comandante do Exército, general Edson Leal Pujol.

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