Família Real Britânica aumenta medidas para travar insultos contra Meghan Markle

Os comentários de ódio e racismo contra a Duquesa de Sussex têm vindo a aumentar.

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Reuters/POOL

O Palácio de Kensington está a aumentar os meios para detectar e eliminar os comentários de ódio dirigidos a Meghan Markle, Duquesa de Sussex. A equipa da Família Real utiliza um software para filtrar o uso de algumas expressões, como a palavra “nigga” – usada negativamente para se referir aos “negros” – e emojis ofensivos – de facas e pistolas. As contas de Twitter e Instagram com comportamento abusivo também estão a ser bloqueadas.

A CNN afirma que a onda de comentários inapropriados tem vindo a aumentar desde que Meghan Markle e o Príncipe Harry anunciaram que vão ser pais, em Outubro do ano passado. Para tentar combater os insultos, a Família Real Britânica publicou no site oficial, no início desta semana, um comunicado a solicitar aos internautas para terem cuidado com os seus comentários. A casa Real afirmou que é da sua jurisdição determinar quando as normas estão a ser infligidas e quais as medidas a tomar - que podem mesmo envolver a justiça britânica.

Paralelamente, o grupo Hope not Hate realizou um estudo no qual analisou mais de 5000 tweets publicados entre o mês de Janeiro e metade do mês de Fevereiro, onde se liam hashtags (etiquetas) contra a Duquesa de Sussex.  “Meghan Markle sofreu vários abusos terríveis, alguns deles de natureza racista. A nossa análise de dados, fornecida à CNN, mostra como um pequeno número de contas esteve por trás da grande maioria dos tweets anti-Meghan”, conta o investigador Patrik Hermansson ao PÚBLICO.

Concluiu-se que existe um grupo de 20 contas de trolling – o acto de lançar a discórdia – que são responsáveis por 70% dos tweets anti-Meghan. Por se tratar de um número reduzido de utilizadores a gerar um número tão grande de mensagens, a organização acredita que as contas foram criadas com o propósito de produzir conteúdo negativo sobre a Duquesa. A análise aos perfis dos utilizadores do Twitter também concluiu que é comum as mensagens conterem hashtags relacionadas com Meghan Markle – como #Megxit e #Charlatanduchess – ou com problemas políticos – #Brexit e #MAGA (Make America Great Again).

Nas publicações de algumas contas foram encontrados links para sites de extrema-direita e denominações racistas para descrever a Duquesa. Ainda assim, a Hope Not Hate não encontrou evidencias que ligassem as contas analisadas a uma campanha de extrema-direita contra a mulher do Príncipe Harry. 

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