Cabify vai voltar a circular em Barcelona, apesar dos 15 minutos de espera obrigatória

Empresa aceita cumprir a nova lei, apesar de dizer que a norma "destrói por completo o mercado" e que é uma cedência à pressão dos taxistas.

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Em Janeiro, os taxistas paralisaram Barcelona em protesto contra plataformas como a Cabify e a Uber Reuters

A Cabify vai voltar esta semana a operar nas ruas de Barcelona depois de o serviço ter estado inactivo mais de um mês. A empresa de transporte diz que vai adaptar o seu modelo negócio à nova legislação catalã, aprovada a 29 de Janeiro, que obriga os motoristas ligados a plataformas de transporte num veículo descaracterizado (TVDE) a esperarem 15 minutos para recolher passageiros após receberem um pedido. 

“Esta decisão não implica que exista um acordo da empresa em relação à nova norma do Governo (que continua a ser desproporcionada), mas responde ao compromisso da Cabify para com a cidade, os seus utilizadores, empregados, colaboradores e toda a rede de empresas associadas que também trabalham em favor do desenvolvimento da economia digital e da mobilidade sustentável em Catalunha e Espanha”, diz a Cabify em comunicado citado pelo El Mundo.

O mesmo jornal espanhol refere que o regresso do serviço será assegurado com uma frota de cerca 300 automóveis. Antes da alteração à lei, que a empresa diz que “destrói por completo o mercado", a Cabify indicou que empregava cerca de três mil pessoas na Catalunha e servia um milhão de consumidores. Agora, os utilizadores que voltarem a aceder à aplicação e requisitar os serviços da Cabify em território catalão terão de aceitar as novas condições e termos do serviço.

A Cabify relembra que a lei em vigor "não favorece uma cidade e comunidade que tem a inovação e o progresso como os seus símbolos", acusando-a de estar a ceder à pressão dos taxistas, tal como Madrid.

Depois de o Governo da Catalunha ter aprovado o polémico decreto-lei, a Cabify, em conjunto com a Uber, fizeram uma paralisação que culminou na suspensão definitiva do serviço em Barcelona a 31 de Janeiro. Apenas a primeira empresa — criada em Madrid em 2011 — voltou atrás na decisão. 

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