Os dísticos

Nas esplanadas deveria ser obrigatório usar autocolantes que avisassem a malta: "fumador", "portador de perfume estonteante", "bêbado de alta voz", "abusador de WhatsApp de alta voz", "telefonador gritante", "fumador de charuto", "açambarcador de ostras"...

Sempre gostei dos dísticos "Veículo Longo" — quem nos avisa nosso amigo é. Sou do tempo em que começaram a aparecer, copiados dos ingleses, tanto mais que a primeira versão dizia "Longo Veículo" em homenagem ao Long Vehicle original.

Não seria possível ir mais além nestes avisos à  navegação? Porque não um "bêbado a bordo" para quem tivesse sido apanhado a conduzir alcoolizado? Seria mais útil que o "bebé a bordo".

O que pretende esta informação inútil? Levar-nos a conduzir melhor para garantir a segurança do petiz? Desculpar a condução do respectivo parente, como se o bebé estivesse a voar dentro do habitáculo? Ou será um pedido gentil ao carro que está atrás para não bater por trás, por ser aí que o bebé está alojado?

Os condutores que têm os pontos máximos (15) na carta de condução — e logo são, à partida, dignos de confiança — não podem ter uma grinalda com 15 esmeraldas?

Os condutores com menos de 12 pontos deveriam ter uma caveirinha vermelha por cada ponto descontado. Deveria estender-se estas utilidades às pessoas. Nas esplanadas deveria ser obrigatório usar autocolantes que avisassem a malta: "fumador", "portador de perfume estonteante", "bêbado de alta voz", "abusador de WhatsApp de alta voz", "telefonador gritante", "fumador de charuto", "açambarcador de ostras"... 

Talvez se pudesse poupar na impressão e ter apenas um autocolante simples só com "Tóxico". Isso inclui as pessoas que nos cegam com os reflexos dos telemóveis, das ementas plastificadas e dos relógios. Não, a culpa não é do sol.

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