Portugal com esperança em medalhas nos Europeus

A prova de triplo salto, masculino e feminino, é onde a selecção portuguesa tem mais hipóteses de chegar ao pódio em Glasgow onde, a partir de hoje, arrancam os 35.ºs Campeonatos da Europa de atletismo em pista coberta.

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Os Europeus de atletismo vão decorrer em Glasgow LUSA/VALDRIN XHEMAJ

Obter resultados de topo e, no limite, conquistar medalhas. São estes os objectivos da comitiva portuguesa, composta por 13 atletas, nos Europeus de atletismo em pista coberta que, desta sexta-feira até domingo se disputarão na Emirates Arena, em Glasgow.

A prova do triplo salto é aquela em que se vislumbram, mais uma vez, as melhores hipóteses nacionais de alcançar lugares de destaque.

No sector masculino, Nelson Évora defende o seu título europeu conquistado há dois anos (a que se seguiu um terceiro lugar nos Mundiais indoor de 2018 e o ceptro europeu de Berlim ao ar livre).

Évora será sempre um eterno candidato, no mínimo, a uma medalha. Esta época, ainda está longe dos 17 metros, mas pouco tem competido; ao invés, tem treinado bem e resguardou-se para chegar a Glasgow na melhor condição. Sabendo-se dos seus índices de competitividade nos eventos mais relevantes, teremos de novo Évora entre os favoritos.

Não há, de resto, qualquer europeu - exceptuando o ex-cubano Pedro Pichardo, que só poderá competir por Portugal a partir de Agosto - na casa dos 17m em 2019. Quem mais se aproxima é o finlandês Simo Lipsanen, com 16,98m, atleta de quem são conhecidos os limites, e de todos os outros participantes o mais cotado será o alemão Max Hess, embora esta época não tenha ido ainda além de 16,74m.

No triplo feminino, Patrícia Mamona encontra-se em plena forma e o seu recorde nacional indoor de 14,44m, a 8 de Fevereiro, em Madrid, coloca-a como a quarta europeia do ano. A melhor continental, a russa Ekaterina Koneva (14,81m), não virá a Glasgow, pelo que serão as outras duas melhores da Europa as potenciais maiores rivais da portuguesa – a alemã Krisitin Gierisch, autora de um excelente recorde nacional em Chemnitz, a 10 de Fevereiro, com 14,59m, e a velha conhecida espanhola Ana Peleteiro, com 14,51m, a 2 de Fevereiro. Gierisch foi a campeã há dois anos, exactamente à frente de Patrícia Mamona (14,37m - 14,32m). A ver vamos se esse resultado pode ser invertido. Na mesma prova, Susana Costa tentará também aproximar-se do pódio e tem potencial para isso, tendo na presente temporada superado os 14m pela primeira vez indoor.

Bastante aguardada é a presença dos lançadores de peso Francisco Belo e Tsanko Arnaudov. Há poucos dias Belo fez chegar o seu recorde pessoal a 20,90m, e é o sétimo melhor do Velho Continente. Ele e Tsanko Arnaudov terão que passar o crivo da qualificação logo na manhã desta sexta-feira e a final será ao fim da tarde, pelas 20h35.

Se lá chegarem, quase tudo pode ser possível, pois ambos têm potencial para marcas bem superiores aos seus máximos pessoais. Quanto a medalhas, talvez seja, por agora, pedir demais, numa prova recheada de grandes vedetas, como o alemão David Storl, líder europeu do ano (21,32m), os polacos Konrad Buckowiecki e Michal Haratyk, o luxembuguês Bob Bertemes, o russo Maksim Afonin ou o checo Tomas Stanek.

No total, estarão em Glasgow 637 atletas de 49 países, incluindo a Rússia, na mesma sob a forma de ANA, um conjunto de atletas de representação pretensamente independente. De um total de 26 titulares da última edição dos Europeus, há dois anos em Belgrado, 20 vão tentar defender esses seus títulos, contando-se ainda com a presença de 15 titulares dos Europeus de ar livre do ano passado, em Berlim.

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