Fundação Crankstart é a nova patrocinadora dos prémios Booker

A nova patrocinadora dos Prémio Man Booker e Man Booker Internacional comprometeu-se com um prazo inicial de financiamento exclusivo de cinco anos, com a opção de renovação por mais cinco.

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Anna Burns, vencedora do Man Booker 2018 LUSA/FACUNDO ARRIZABALAGA

Os curadores da Fundação do Prémio Booker anunciaram esta quinta-feira que a fundação Crankstart, de Michael Moritz KBE e da mulher, Harriet Heyman, é a nova financiadora dos prémios, após o fim da parceria com o Man Group.

Em Janeiro deste ano, os responsáveis pelo principal prémio literário britânico anunciaram que a parceria entre a Fundação Booker Prize, que atribui o galardão, e o seu financiador, o Man Group, tinha chegado ao fim, estando já, na altura, a decorrer negociações para encontrar um novo patrocinador.

Num comunicado esta quinta-feira divulgado, a fundação informa que a Crankstart — nova patrocinadora dos Prémio Man Booker e Man Booker Internacional — se comprometeu com um prazo inicial de financiamento exclusivo de cinco anos, com a opção de renovação por mais cinco.

O novo acordo começa a vigorar no dia 1 de Junho, após o anúncio do vencedor do Prémio Man Booker Internacional de 2019, que marca o fim de 18 anos do "bem-sucedido e generoso" patrocínio do Man Group.

Posteriormente, o prémio original será novamente conhecido como Prémio Booker e o prémio que distingue os melhores trabalhos de ficção traduzidos para língua inglesa passará a chamar-se Prémio Booker Internacional.

"Estamos entusiasmados com o facto de os Prémios Booker terem encontrado maravilhosos patrocinadores filantrópicos em Crankstart, cujos fundadores partilham da nossa visão e dos nossos valores. Com o seu apoio, esperamos desenvolver iniciativas para que o Booker consiga alcançar novos públicos, de todas as gerações e origens, em todo o mundo", afirmou a presidente da Fundação Booker Prize, Helena Kennedy.

Segundo a responsável, "graças a Crankstart", será possível prosseguir com as actividades de caridade da Fundação Booker Prize, "trabalhando, entre outros, com o National Literacy Trust nas prisões, com o RNIB para tornar a shortlist [a lista dos últimos finalistas] acessível a leitores cegos e parcialmente invisuais, e também em universidades de todo o Reino Unido".

Crankstart foi fundada por Michael Moritz e Harriet Heyman em 2000, para apoiar "os esquecidos, os desapossados, os desafortunados, os oprimidos e causas nas quais alguma ajuda faça toda a diferença".

Esta fundação organizou ou apoiou bolsas para estudantes de famílias desfavorecidas na Universidade de Oxford, na Universidade de Chicago, na Juilliard School e em muitas Faculdades e Escolas da Califórnia.

Entre os mais recentes beneficiários da Crankstart, contam-se a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) e iniciativas para os desalojados na área da Baía de São Francisco.

As actividades da Crankstart também incluem uma ampla gama de subsídios para organizações artísticas e jornalísticas que dependem de apoio filantrópico.

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