O diário de Pauliana Valente Pimentel no Instagram está agora na galeria

A Vida é Feita de Likes, assim se chama a exposição da artista Pauliana Valente Pimentel, que inaugura esta quarta-feira, em Lisboa, com fotos da rede social Instagram.

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A exposição de Pauliana Valente Pimentel
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Não é, claro, a primeira vez que um espaço expositivo vai receber fotografias da rede social Instagram. Mas será uma das primeiras vezes que uma fotógrafa portuguesa já com um percurso artístico consolidado propõe uma exposição com fotografias retiradas daquela rede social.

A Vida é Feita de Likes, assim se chama a exposição de Pauliana Valente Pimentel, que inaugura esta quarta-feira, na Pequena Galeria, na Av. 24 de Julho 4C, em Lisboa, prolongando-se até 30 de Março. Depois do desafio endereçado pela galeria para uma exposição individual, a fotógrafa diz ter sentido “vontade de olhar para as oito mil e tal imagens” que tinha na sua conta privada do Instagram e fazer um apanhado “dos últimos sete anos de existência.”

É uma exposição que Pauliana Valente Pimentel classifica como “íntima”, já que reflecte fragmentos da sua vida pessoal. “Não seleccionei as imagens por ordem cronológica ou pelo número de likes”, mas sim de forma “a criar uma ou mais narrativas sobre a minha vida”, descreve ela.  

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Ao longo dos anos Pauliana Valente Pimentel (Lisboa, 1975) tem desenvolvido inúmeros projectos artísticos, dos quais resultaram exposições nos últimos anos como The Beahaviour of Being (2015), Quel Pedra (2016), com a qual foi finalista do prémio Novo Banco, Empty Quarter (2017) ou O Narcisismo das Pequenas Diferenças (2018).

Em quase todos os seus projectos existe uma observação participante, em que a artista procura aproximar-se o mais possível, e compreender, as dinâmicas dos sítios e das pessoas que os enformam, para melhor captar a intimidade e a poética desses lugares e dos indivíduos. Em A Vida é Feita de Likes, defende, essa dinâmica é simultaneamente igual e diferente. É igual pelo olhar próximo. E diferente porque neste caso estamos perante personagens que, na maioria, são amigos ou familiares, em espaços interiores ou exteriores, que fazem parte dos rituais habituais da artista.

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