"Brexit": Marcelo Rebelo de Sousa admite que ficou "satisfeito" com eventual adiamento

Theresa May prometeu que, caso o acordo que o Governo apresentar nas próximas semanas for rejeitado, o parlamento britânico poderá escolher entre sair da União Europeia ou pedir um adiamento da data do "Brexit".

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Daniel Rocha (arquivo)

O Presidente da República admitiu esta terça-feira que ficou "satisfeito" com um eventual adiamento do processo de saída o Reino Unido da União Europeia, contribuindo para uma "reflexão serena" de um tema muito importante para a Europa.

"Não escondo que fiquei satisfeito, porque isso permite, por um lado, que as eleições possam realizar-se, se vier a concretizar, também no Reino Unido", declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado falava aos jornalistas após a sessão de lançamento do Prémio Firma & Futuro, no campus da Nova "School of Business & Economics", em Carcavelos, concelho de Cascais, distrito de Lisboa.

"Em segundo lugar permite mais tempo para uma reflexão serena acerca de um tema que realmente podia causar, e todos sabemos que causaria, imensos problemas de toda a ordem na União Europeia e no Reino Unido", frisou.

Marcelo Rebelo de Sousa recusou que o actual clima de protestos no país possa prejudicar a campanha para o Parlamento Europeu, no dia em que anunciou oficialmente a sua realização em 26 de Maio.

"É evidente que a nível europeu há assuntos muito importantes para o futuro da Europa e para o futuro de Portugal", notou o Presidente da República, apontando o exemplo das recentes posições do líder do Partido Trabalhista e da primeira-ministra britânica admitindo "a eventualidade de um adiamento de uma saída do Reino Unido da União Europeia".

O parlamento britânico poderá escolher entre sair da União Europeia (UE) ou pedir um adiamento da data do "Brexit" se o acordo que o Governo apresentar nas próximas semanas for rejeitado, prometeu esta terça-feira a primeira-ministra britânica.

Theresa May reiterou que o chamado "voto significativo" será repetido até 12 de Março e que, se o texto submetido for chumbado, os deputados poderão decidir se o calendário de saída do Reino Unido da UE se mantém ou é pedida uma "extensão curta e limitada" para além de 29 de Março.

Já o partido Trabalhista quer um referendo ao Acordo de Saída do Reino Unido da União Europeia, mesmo que este seja aprovado pelo parlamento, defendeu o líder do maior partido da oposição, Jeremy Corbyn.

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