BE quer ouvir Sócrates, Berardo e Manuel Fino

Deputados da comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos decidem esta quarta-feira quais vão ser as audições mais urgentes.

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Nuno Ferreira Santos

A comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos tem pouco tempo para trabalhar, até às férias parlamentares, por isso os deputados vão esta quarta-feira fechar uma lista de audições prioritárias. Entre os primeiros a prestarem declarações perante os deputados estará o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, e o BE já fez saber que quer ouvir José Sócrates e os empresários Manuel Fino e Joe Berardo, entre outras personalidades.

A deputada Mariana Mortágua entregou a lista com 33 nomes, que inclui vários administradores da Caixa Geral de Depósitos do período de 15 anos em análise, mas também responsáveis políticos, administradores do Banco de Portugal e empresários envolvidos nos principais créditos problemáticos identificados pela auditoria da Ernst&Young.

É neste contexto que o BE quer ouvir Manuel Fino, da Investifino, Joe Berardo, da Fundação Berardo e da Metalgest, Joaquim Barroca, do Grupo Lena, e três responsáveis pelo empreendimento de Vale do Lobo, Diogo Gaspar Ferreira, Rui Horta e Costa e Luís Horta e Costa.

A comissão de inquérito propõe-se aferir se houve ou não pressões políticas para a concessão de alguns créditos. Nesse sentido, o BE quer ouvir o ex-primeiro-ministro, José Sócrates. Pede ainda que sejam ouvidos os ex-ministros das Finanças Teixeira dos Santos e Maria Luís Albuquerque e o o ex-ministro da Economia Manuel Pinho.

Além das audições, os bloquistas entregaram a lista de documentos a que querem aceder, entre os quais a auditoria da Ernst&Young à gestão da CGD de 2000 a 2015 que foi entregue no Parlamento com dados rasurados por violarem, no entender da CGD, o segredo bancário e comercial. Entretanto, foi promulgada pelo Presidente da República legislação que permite ao inquérito parlamentar ter acesso a esta auditoria sem qualquer rasura.

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