Venezuela: Portugal doou 4000 cartões de cidadão e 4500 passaportes

Naquele país, vivem cerca de 300 mil portugueses ou luso-descendentes, e este apoio directo de Lisboa orça os 12 milhões de euros.

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José Luís Carneiro à esquerda do ministro Vieira da Silva LUSA/TIAGO PETINGA

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas disse esta segunda-feira que o Estado ofereceu 4000 Cartões de Cidadão a luso-descendentes na Venezuela, além de 4500 passaportes, num apoio total de 12 milhões de euros.

“Desde Outubro [de 2018] até Janeiro, o Estado português literalmente ofereceu, atribuiu 4000 cartões de cidadão a luso-descendentes na Venezuela e 4500 passaportes, ou seja, o Estado decidiu não cobrar, pagámos à Casa da Moeda para os emitir e entregámo-los literalmente aos cidadãos”, disse no final de uma sessão para anunciar os Segundos Encontros da Diáspora, na Madeira, em Julho próximo.

Entre 2016 e 2018 já tínhamos decidido não aumentar os encargos com os emolumentos consulares, e desde então conferimos um apoio directo superior a 12 milhões de euros”, vincou o governante. José Luís Carneiro disse ainda não ter registo de luso-descendentes afectados pela tensão e confrontos que se registaram durante o fim-de-semana na Venezuela, nomeadamente nas zonas de fronteira daquele país com a Colômbia e com o Brasil.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas aproveitou para salientar um conjunto de medidas destinadas a promover o regresso dos emigrantes como forma de “enfrentar o desafio demográfico que Portugal e a Europa enfrentam”. Nos próximos dias será lançada pelo Ministério do Ensino Superior “uma campanha em várias comunidades portuguesas para que os filhos dos emigrantes saibam que há uma quota específica de 3500 vagas a que podem concorrer e que, sendo insuficiente, a quota será reforçada”.

Também dentro de dias “será apresentado o conjunto global de medidas para garantir o regresso de cidadãos portugueses que sintam que as comunidades já não permitem as condições de vida nos termos expectáveis”, acrescentou, concluindo que Portugal “tem os braços abertos porque o país precisa que muitos dos que saíram regressem às terras de origem para enfrentar o desafio demográfico”. Na Venezuela vivem cerca de 300 mil portugueses ou luso-descendentes.

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