Raphael de Sousa imparável no Portugal Pro Golf Tour

O luso-suíço Raphael de Sousa é o primeiro a vencer três torneios no mesmo mês

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Raphael de Sousa, 35 anos, é filho de pais portugueses emigrados em Genebra

O luso-suíço Raphael de Sousa tornou-se no primeiro jogador na curta história do Portugal Pro Golf Tour (PPGT) a vencer três torneios no mesmo mês, juntando o título obtido no 5.º Penina Classic aos que já averbara em fevereiro no 1.º Álamos Classic e no 2.º Morgado Classic.
 
A diferença é que o profissional do Club Golf de Genève não necessitou desta feita de ir a play-off como nos seus dois triunfos anteriores e bastaram-lhe os 36 buracos regulamentares para garantir o cheque de 2 mil euros de campeão.
 
Neste torneio de 10 mil euros em prémios monetários, Raphael de Sousa agregou 136 pancadas, 10 abaixo do Par do Sir Henry Cotton Championship Course, após voltas de 67 e 69, deixando a 4 pancadas de distância o seu compatriota Marco Iten (73+67) e o inglês Sam Hutsby (71+69).
 
Ricardo Santos voltou a ser o melhor português, pelo segundo torneio seguido no PPGT, mas desta feita não conseguiu um top-10, contentando-se com um 11.º lugar, empatado com a amadora britânica do Tournament Golf College, Billie Jo Smith, a melhor na classificação feminina. Totalizaram 142 pancadas, 4 abaixo do Par, ambos com duas rondas de 71. 
 
“Estou muito satisfeito pela forma como tenho vindo a jogar. Tenho-me mostrado sólido e com um putting muito bom, o que é obrigatório neste circuito porque o nível da concorrência é elevado. Todos os três títulos são pontos altos para mim, porque não estava à espera de ganhar tão cedo nesta fase da época. Não sabia em que estado estava o meu jogo, mas tenho estado a divertir-me no campo e a fazer muitos birdies e bons resultados”, disse Raphael de Sousa à Forum TV.
 
O jogador de 35 anos, filho de pais portugueses emigrados em Genebra, tornou-se no quinto jogador a ganhar três troféus na mesma temporada do PPGT, mas o único a fazê-lo em tão curto espaço de tempo, em apenas três semanas.
 
Antes dele, Pedro Figueiredo foi campeão no 2.º Pinheiros Altos Classic em dezembro de 2016, no Morgado Classic em fevereiro de 2017, e no Guardian Bom Sucesso Grand Final em abril de 2017; Ricardo Santos ganhou o 1.º San Lorenzo Classic em dezembro de 2016, o Duvalay Classic em janeiro de 2017, e o Royal Obidos Classic em abril de 2017; Tiago Cruz venceu o 1.º Pinheiros Altos Classic em dezembro de 2016, o 2.º Morgado Classic e o 5.º Palmares Classic em fevereiro de 2017; e, já nesta temporada, o holandês Lars Van Meijel impôs-se no 1.º Pinheiros Altos Classic e no 1.º San Lorenzo Classic em dezembro de 2018, e no 1.º Morgado Classic em fevereiro de 2019.

Em declarações à Tee Times Golf, em exclusivo para Record, Raphael de Sousa tinha-se manifestado «surpreendido pelo nível de golfe» apresentado nos últimos torneios, pois pouco treinou antes de vir a Portugal, mas os jogadores portugueses que tiveram oportunidade de jogar ao seu lado salientaram logo a sua qualidade de jogo. Aliás, o helvético poderia mesmo ter ganho também o 4.º Penina Classic há uma semana, chegando a liderar a prova aos 18 buracos, antes de terminá-la no 4.º lugar.
 
“Parabéns ao Raphael. Tive a oportunidade de jogar com ele e mostrou um excelente golfe”, disse-nos o campeão nacional, Tomás Silva, que já não pôde jogar este torneio do Penina Hotel & Golf Resort por ter viajado ao Egito para jogar torneios do Alps Tour.
 
“Nota-se uma boa evolução do Raphael”, comentou-nos, por seu lado, Ricardo Santos, que pertence à mesma geração do luso-suíço e conhece-o desde os tempos em que ambos rivalizavam no circuito internacional amador.
 
“Joguei com ele na primeira volta do Álamos Classic e, na minha opinião, está muito mais sólido do tee e a ‘patar’ muito bem. É notável como está num momento alto de confiança», acrescentou Ricardo Santos.
 
O 5.º Penina Classic foi o 19.º título profissional da carreira de Raphael de Sousa e o quarto no PPGT pois já tinha ganho um em janeiro de 2018 neste mesmo campo do Penina.
 
“É um grande campo de golfe, adoro-o, tem um estilo antigo e foi aqui que no ano passado consegui a minha primeira vitória no PPGT. Adequa-se bem ao meu jogo e apresentou-se em excelentes condições”, elogiou o suíço que agora vai cheio de confiança para o Challenge Tour, a segunda divisão europeia, que arranca a meio do mês de Março.
 
“Agora vou para casa preparar-me para o Open do Quénia. Foi ótimo ter vindo a Portugal competir e preparar-me para o resto da temporada”, afirmou, em jeito de despedida, Raphael de Sousa.
 
Quem também já pensa no Open do Quénia é Ricardo Santos, que deseja fazer uma boa temporada de 2019 e ascender ao European Tour.
 
“Em geral sinto-me bem melhor e mais confiante no meu jogo. Há ainda coisas a melhorar, mas sinto que estou no caminho certo”, garantiu-nos o único português a ter andado no top-10 da Corrida para o Dubai.
 
Ricardo Santos foi o melhor português numa prova do PPGT de 2018 / 2019 pela terceira vez este mês e pela quarta vez na presente temporada deste circuito internacional sancionado pela PGA de Portugal, pela Federação Portuguesa de Golfe e pelo britânico Jamega Pro Golf Tour. 
 
O antigo duplo-campeão nacional (2011 / 2016) tinha sido 3.º classificado no 5.º Palmares Classic e 5.º classificado no Álamos Classic nas semanas anteriores, enquanto logo em novembro do ano passado sagrara-se campeão do 1.º Palmares Classic.
 
Mas embora tenha assinado dois cartões de 71 pancadas, Ricardo Santos viveu duas voltas muito diferentes. No primeiro dia andou com altos e baixos, sofrendo 3 bogeys, mas também convertendo 5 birdies. Já na segunda jornada foi mais consistente, com 1 eagle, 1 birdie e apenas 1 bogey
 
“Estive muito bem nas duas voltas do tee ao green. As diferenças resultaram das condições climatéricas. Ontem esteve vento muito forte e hoje esteve perfeito para se jogar. Desperdicei muitas oportunidades nestes dois dias nos greens”, comentou o português de 36 anos que ficou a apenas 1 pancada de fazer um top-5.
 
O 5.º Penina Classic contou com 66 jogadores, seis dos quais portugueses. Houve ainda cinco jogadoras estrangeiras, uma novidade por ter sido a maior participação feminina esta época. Susana Ribeiro, a ex-tricampeã nacional, lamentou não ter jogado a prova: “Não sabia, aliás estava a ver isso há pouco. Fiquei com pena porque voltei do Algarve ontem e se soubesse teria ficado mais uns dias para jogar. Deveria ter estado mais atenta.”
  
O próximo torneio do PPGT, o primeiro do 7.º e último Swing, é o 1.º Amendoeira O’Connor Classic, igualmente de 10 mil euros em prémios, em Alcantarilha, nos próximos dias 4 e 5 de Março.

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