PS ataca Passos Coelho por “torcer para que as coisas corram mal”

Secretária-geral adjunta do PS respondeu a Passos Coelho: " A verdade é que os resultados da governação do PS estão aí."

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A secretária-geral adjunta do PS saiu em defesa do partido contra Passos Coelho Miguel Manso

A secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, reagiu este domingo com “a maior das perplexidades” às críticas do antigo primeiro-ministro e ex-líder do PSD Pedro Passos Coelho, acusando-o de “torcer para que as coisas corram mal” no país.

Em declarações à Lusa, Ana Catarina Mendes criticou ainda Passos Coelho por aparecer como o porta-voz de uma “direita que tirou tudo e todos” e de “promessas que o PS e o Governo não fizeram”.

“Os pais do colossal aumento de impostos e da taxa de desemprego recorde, do convite à imigração” são aqueles que agora “nem sequer se congratulam” com os “resultados positivos” do Governo socialista de António Costa, acrescentou.

“Diria mesmo que Pedro Passos Coelho, de cada vez que aparece, é para torcer que as coisas corram mal. A verdade é que os resultados da governação do PS estão aí”, disse.

Na sexta-feira à noite, em Coimbra, o antigo líder do PSD e ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho acusou PS, Bloco de Esquerda e PCP de só se importarem com os cortes na despesa em sectores como a saúde e educação quando o PSD era Governo.

As críticas de Passos, do ex-Presidente Cavaco Silva, também na sexta-feira, na Academia Política Calvão da Silva, em Coimbra, e este domingo do líder do PSD, Rui Rio, mais não são, afirmou, do que a prova do “desnorte da própria direita e da incapacidade de ter propostas para o país”.

Exemplos do que considerou boa governação do PS são os salários que, “quer no sector público, quer no sector privado, melhoraram 7% nesta legislatura” ou ainda a “despesa na Educação e na Saúde, que caiu” no governo de Pedro Passos Coelho “e sobe com o governo do PS”.

A secretária-geral adjunta e deputada do PS lembrou, como tem feito o primeiro-ministro por diversas vezes, que, na saúde, a despesa aumentou nesta legislatura 1.300 milhões de euros, “depois de ter caído mais de mil milhões de euros” durante o Governo PSD-CDS.

Os portugueses “sabem que reduzir, cortar é o contrário de subir, como aconteceu ao longo de todo o tempo” do anterior executivo.

Na sexta-feira, Passos Coelho avisou que devido a uma pior conjuntura externa - por exemplo, quando grandes economias para onde Portugal exporta entrarem em recessão - e com as receitas do Estado português a cair, o Governo terá de cortar na despesa, mas ironizou que isso “nem pensar, o Tribunal Constitucional não deixa”.

“Só se for na saúde, na educação, no investimento e noutras coisas, porque nessas o Partido Comunista português, o Bloco de Esquerda e o PS não se importam de cortar. Só se importavam que nós [PSD] cortássemos, quando são eles a cortar não tem problema nenhum”, alegou, arrancando aplausos à assistência.

Pedro Passos Coelho disse ainda que a questão “não é de partidos ou de clubes partidários, é um problema nacional” e responsabilizou o PS, argumentando que “sempre que estes problemas graves aconteceram, era o PS que tinha a responsabilidade de tratar destas coisas” porque estava no Governo.

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