Pepe no comando e Óliver como protagonista seguram liderança

FC Porto passou sem problemas em Tondela e certificou-se de que vai disputar o clássico da próxima jornada no primeiro lugar.

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LUSA/PAULO NOVAIS

O FC Porto passou com distinção no difícil teste de Tondela, na 23.ª jornada, atirando mais uma vez a pressão para o lado dos rivais, ao responder de forma assertiva e cabal, com três golos (0-3) — de um defesa e de dois médios — à crise que assolou o segundo melhor ataque do campeonato. O Tondela não apresentou argumentos para contrariar minimamente as dinâmicas e rotatividade do líder, que, num cenário de fortes limitações, respondeu presente, alargando a vantagem para Sp. Braga e ficando na expectativa do que o Desp. Chaves possa fazer na Luz, na segunda-feira.

Depois da reflexão imposta pelas inúmeras baixas, Sérgio Conceição enfrentou ainda o inesperado castigo interno a Militão, que nem chegou a integrar a comitiva na sequência de uma saída nocturna a quebrar os regulamentos internos. Depois de ter regressado ao eixo, o jovem central brasileiro devolveu, inadvertidamente, a titularidade a Pepe... E o internacional português não é de perdoar. No meio de tantas contrariedades, assumiu mesmo o papel de líder nato e goleador acidental (11') de que os “dragões” tanto careciam.

Função que os comandantes da Liga tentaram disfarçar com a presença de Fernando Andrade, destacado para uma missão em que contou com o apoio próximo de Jesús Corona na área do Tondela. Sem Soares nem Marega (Aboubakar há muito que não entra no lote de elegíveis), Conceição não arriscou a titularidade de Brahimi, reservando o argelino para uma situação de emergência, que nem chegou a verificar-se. Brahimi entrou, para cumprir o 200.º jogo de azul e branco, mas principalmente para poupar Herrera a um possível amarelo que o retiraria do clássico com o Benfica.

Atento, o técnico portista agiu de pronto quando o argelino assistiu o mexicano para o terceiro golo (73'), permitindo a substituição. Conceição mexia as pedras e explorava o momento de Adrián López, enquanto Óliver, no comando, usufruía do grande momento da noite (e já lá vamos). O avançado asturiano foi em busca do golo que poderia ter surgido logo no segundo minuto, num desvio que Cláudio Ramos resolveu com uma palmada e Pepe não conseguiu emendar.

Mas como tem vindo a ser timbre do FC Porto, a pressão exercida condicionou fortemente a primeira fase de construção do Tondela, que depois de um período de forte turbulência acabou por encontrar forma de respirar e de insinuar-se na frente, sempre com Jaquité a dinamizar, mas sem fazer soar o alarme na baliza de Casillas. O guarda-redes espanhol ainda esteve em dúvida durante o aquecimento, mas o FC Porto acabou por superar as contrariedades, controlando toda a primeira parte para depois aplicar o golpe de misericórdia com uma obra de arte assinada por Óliver (52’).

O médio espanhol não marcava há praticamente dois anos (desde Março de 2017, num triunfo sobre o Nacional), dissipando as dúvidas que uma vantagem tão curta sempre alimenta, ao bater Cláudio Ramos com um remate de primeira que ainda levou a bola a tocar o poste. A partir daí, foi um desfiar de ocasiões, com Otávio a justificar um golo que acabou por não sair.

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