Descoberta nova Super-Terra próxima do nosso sistema solar

Reforçada a ideia de que a maioria das estrelas que vemos no céu tem planetas à volta.

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Ilustração artística de planeta a passar à frente da sua estrela ESO

Uma equipa internacional de investigadores, em colaboração com o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), descobriu uma nova Super-Terra, a “apenas” oito anos-luz de distância do nosso sistema solar, indica um estudo agora divulgado.

Segundo um comunicado do IA, o estudo permitiu a descoberta da super-Terra G1411b na “vizinhança do sistema solar”, um exoplaneta (que orbita uma estrela que não é o Sol) com três vezes a massa da Terra e que orbita a estrela Gliese 411 (GI411), localizada na constelação da Ursa Maior.

O IA explica que a equipa de investigadores concentrou-se na observação de exoplanetas que orbitam estrelas anãs-vermelhas (cuja massa é inferior a metade da massa do Sol) que “representam 80% das estrelas da nossa galáxia”.

Através do espectrógrafo Sophie, instalado no telescópio do Observatório de Haute-Provence, em França, os investigadores detectaram o planeta G1411b, que acreditam ser “rochoso” e completar “uma volta em apenas 13 dias terrestres”.

“Apesar de GI411 ser uma anã-vermelha e, por isso, menos quente do que o Sol, o G1411b ainda recebe cerca de 3,5 mais radiação do que a Terra recebe do Sol, o que o coloca fora da zona de habitabilidade, sendo provavelmente mais parecido com Vénus”, garante o IA.

De acordo com o investigador do IA e da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), Olivier Demangeon, citado no comunicado, a descoberta de um planeta de tipo rochoso em torno de uma das estrelas mais próximas da Terra “reforça claramente a ideia de que a maioria das estrelas que vemos no céu tem planetas à volta”.

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