David Justino: "Partido não pode ser apenas máquina de poder"

A sessão de encerramento da convenção nacional do Conselho Estratégico do PSD foi aberta por David Justino que assumiu que o PSD quer ser alternativa ao Governo.

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David Justino LUSA/MANUEL FERNANDO ARAÚJO

David Justino, presidente do Conselho Estratégico do PSD, foi o primeiro dos últimos a falar na convenção do partido, em Santa Maria da Feira. Na sessão de encerramento, disse que o PSD "não pode ser apenas máquina de poder", mas sim "a voz organizada da sociedade". E assumiu: "Queremos ser alternativa".

"Somos a voz dos portugueses que não se revêem nesta solução de Governo. Queremos ser alternativa. Esta é a alternativa em movimento e podem ter a certeza de que não nos vão fazer parar", garantiu o também vice-presidente do PSD. Para Justino, o desafio do partido é claro: colocar as pessoas no centro das políticas públicas.

David Justino fez uma exaustiva análise da situação do país, da floresta aos serviços públicos, elencou soluções e concluiu que "há uma clara degradação" da vida pública. "Não é normal o ambiente que se vive na sociedade portuguesa", disse, sintetizando os sinais: a conflitualidade laboral e as greves no sector público que já ultrapassaram os anos da troika; o colapso das infra-estruturas; a supressão de transportes e serviços; o aumento da sinistralidade automóvel; a multiplicação dos casos de violência doméstica; as listas de espera que se eternizam; os processos que se acumulam e esgotam todos os prazos. Em suma: "a incerteza e a insegurança face a um Estado que não responde às inquietações dos cidadãos".

O dirigente disse ainda que é preciso um governo que "devolva confiança e esperança" no futuro e que deixe de "navegar à vista em barco sem destino, sem rota nem timoneiro".

David Justino começou por dizer que, perto de completar um ano sobre o seu lançamento, o Conselho Estratégico do PSD conseguiu mobilizar perto de 1500 militantes activos, outros afastados, outros independentes nas suas 16 secções temáticas e 166 descentralizadas. "Foram publicados oito documentos de trabalho e outros tantos lançados nos próximos dias", anunciou, tentando depois fazer um resumo das ideias apresentadas pelos grupos que estiveram reunidos em Santa Maria da Feira. "Foi uma experiência inovadora. O risco de ser pioneiro é elevado, mas esta convenção é a prova de que está a valer a pena inovar", disse ainda.

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