Rui Rio: "O Governo perdeu a mão na questão social"

Líder do PSD comentou o fim da paz social em Portugal. António Costa apresentou investimento na Transtejo/Soflusa.

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Presidente do PSD Rui Rio com o candidato do PPE à Comissão Europeia, Mafred Weber, esta manhã no Porto LUSA/ESTELA SILVA

O líder do PSD reagiu esta sexta-feira de manhã à greve geral na função pública, que está a decorrer, e aproveitou para dizer que se vê uma "desconcertação social total" e que "o Governo perdeu a mão na questão social".

"O que nós vemos é uma desconcertação social total, com greves por todo o lado. No total destas greves, isto mostra que o Governo perdeu a mão na questão social em Portugal", assumiu Rio, no Porto.

Isto justifica-se, de acordo com o líder do PSD, com o facto de o Governo ter vendido aos portugueses uma imagem que não corresponde à realidade. "Vendeu quase Portugal como país das maravilhas onde tudo é possível" e agora "está a colher as consequências de tudo o que fez".

Também esta manhã, o primeiro-ministro anunciou um investimento na Transtejo, na ordem dos 89 milhões de euros, que supera em valor todos os que foram feitos pelo anterior executivo PSD/CDS-PP nos transportes públicos, segundo António Costa.

Dez navios para a Transtejo

O chefe do Governo falava no Cais do Sodré, no final da cerimónia de lançamento do concurso internacional para a aquisição, até 2024, de dez novos navios da Transtejo e Soflusa - embarcações que vão reforçar as ligações fluviais entre Lisboa, Cacilhas, Seixal e Montijo.

"Só neste concurso está previsto um investimento superior a todo o investimento que foi feito na legislatura anterior em todos os sistemas de transportes públicos. Não é só na Soflusa e na Transtejo, mas na Carris, no metro, nos STCP e na Refer", declarou o líder do executivo.

Numa nova alusão ao período de assistência financeira de Portugal, entre 2011 e 2014, António Costa considerou que o investimento nos transportes urbanos demonstra que o país "está a recuperar das feridas que foram abertas pela crise".

"Até hoje, o esforço de investimento já representou 260 milhões de euros. Cada euro que gastamos tem de possuir duas finalidades: Recuperar das feridas da crise e preparação para o futuro", advogou.

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