CDS-PP exige reparações básicas em escola de Lisboa

A líder do CDS-PP veio lamentar a degradação a que os alunos da Escola Básica Jorge Barradas estão sujeitos, criticando a inacção da câmara municipal de Lisboa.

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Sebastiao Almeida

A vereadora do CDS-PP na Câmara de Lisboa, Assunção Cristas, lamentou esta quarta-feira a falta de condições na Escola Básica Jorge Barradas, exigindo reparações antes das obras de requalificação agendadas para o final do ano.

Em declarações à Lusa, Assunção Cristas, também líder do partido, destacou que “estão anunciadas obras profundas, quase como uma escola nova, com mais um piso”, defendendo, no entanto, que até lá devem ser feitas “intervenções mínimas para garantir a segurança e o mínimo de qualidade na escola”.

A autarca reforçou que “há uma degradação nas casas de banho, no refeitório, na água que entra no pavilhão desportivo e, portanto, tudo isso não pode ser simplesmente remetido para segundo plano”.

Assunção Cristas falava no âmbito de uma visita realizada pela vereação centrista da Câmara de Lisboa àquele estabelecimento de ensino.

“Depois há outra preocupação que nós temos, que é a de acompanhar a obra quando ela começar porque, como sabemos, o processo normalmente é arranjar contentores onde funcionam as salas e nós temos experiência de outras escolas que estes períodos às vezes arrastam-se muitíssimo”, afirmou.

“Há várias situações que têm de ser vistas, mesmo estando já projectada a obra, até porque nós infelizmente sabemos que ter uma data para começar não significa que vá ser cumprida”, acrescentou a vereadora.

Segundo a Câmara Municipal de Lisboa, esta escola será alvo de “uma intervenção profunda de requalificação com ampliação,” e “terá medidas paliativas até à obra” devido aos problemas nas casas de banho.

O gabinete do vereador da Educação, Manuel Grilo, do BE (partido que tem um acordo de governação do concelho com o PS), disse à Lusa que o concurso deverá ser lançado em Abril e a obra, orçada em quatro milhões de euros, está prevista começar no último trimestre deste ano.

A requalificação do espaço vai incluir a valência de pré-escolar, uma biblioteca e um centro de recursos.

Assunção Cristas defendeu também, à semelhança da directora do estabelecimento, que não era necessário “uma escola toda nova”, mas sim que esta fosse “mantida”.

“Estamos a falar de uma obra de milhões (...) e há coisas que custam muito pouco dinheiro, mas que tem a ver com o mínimo da dignidade e da qualidade da vivência deste espaço no dia-a-dia”, defendeu.

A autarca referiu ainda que a escola possui um “espaço amplo”, embora degradado, e que podia ser construído um novo bloco para o funcionamento do pré-escolar, da biblioteca e do centro de recursos, sem que “fosse preciso gastar tanto dinheiro no edifício central”.

A vereadora centrista acusou ainda a câmara municipal, liderada pelo socialista Fernando Medina, de ser “muito rápida nas obras que têm a ver com encher o olho, nas zonas mais nobres da cidade”, criticando que em “outras questões que são estruturais”, de preparação das gerações futuras, “o empenho não existe na mesma medida”. 

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