Autocarro da Resende que ardeu em Matosinhos ia para abate

A ViaMove, nova operadora de transportes públicos da cidade, substituiu a operadora Resende e vai trocar os autocarros já sem condições para circular.

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Fernando Veludo/NFACTOS

O autocarro da Resende que ardeu esta terça-feira em Matosinhos ia para abate no segundo trimestre deste ano, juntamente com "cerca de dez igualmente sinalizados", avançou à Lusa fonte da sociedade ViaMove, nova operadora de transportes públicos do concelho desde 1 de Janeiro.

Sobre o acidente que ocorreu esta manhã em Guifões, Matosinhos, no distrito do Porto, Pedro Morais, da ViaMove, adiantou que o autocarro datado de 1999 ia para abater no âmbito do "recondicionamento em curso da frota".

Pedro Morais referiu que a sociedade está a averiguar a origem do acidente.

O autocarro da Resende ardeu por volta das 07:30, não tendo resultado qualquer ferido. A bordo da viatura não seguiam passageiros, porque "a operação ainda não tinha começado, daí ir vazio", explicou Pedro Morais.

"Vamos redobrar os esforços no supervisionamento da frota da Resende", assegura.

Falando num processo de remodelação complexo, Pedro Morais explicou que a nova operadora de transportes públicos - detida em 51% pelo Grupo Barraqueiro e em 49% pela Resende - já adquiriu dez autocarros, dos quais quatro novos, outros quatro com cerca de dois a três anos e dois com dez anos, justamente para substituir os que já não reúnem condições de circulação.

A ViaMove substituiu a operadora Resende, cuja concessão terminou a 31 de Dezembro de 2018, e que era alvo de críticas por má qualidade dos veículos, bem como por relatos de sucessivos atrasos ou falhas de carreiras.

Esta mudança implicou a aquisição de novos autocarros, a criação de novas linhas e de uma nova imagem.

Contactada pela Lusa, a Câmara Municipal de Matosinhos referiu que a transformação no serviço de transportes, a renovação de frota e o recondicionamento de viaturas, resultantes da criação de um novo operador privado, está em curso até final de Março, conforme tinha sido anunciado em Dezembro.

"Esta não é uma transformação fácil. Está a mudar-se muita coisa em pouco tempo, até porque não podemos correr o risco de que haja falhas no serviço, que serve dezenas de milhar de utentes todos os dias", frisou.

Na nota, o município garantiu estar a tomar as medidas necessárias junto do novo operador para que incidentes como o desta terça-feira passem a ser "coisa do passado", à medida que as viaturas sem condições para circular sejam substituídas, de modo a que os matosinhenses possam voltar a ter orgulho nos seus transportes.

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