Anja Rubik pede aulas de educação sexual para os jovens polacos

A modelo e fundadora do movimento SexedPL acredita que é necessário introduzir a educação sexual nas escolas polacas.

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Depois de criar o movimento SexedPL, que procura quebrar os tabus em torno da educação sexual, e de há um ano ter publicado um livro sobre o tema, a modelo polaca Anja Rubik apresentou uma proposta ao Ministro da Educação do seu país para falar abertamente sobre educação sexual nas escolas. Mas, apesar dos esforços, o Governo polaco não respondeu à modelo, que é já considerada persona non grata, pelo menos no que diz respeito à promoção do seu país no estrangeiro.

Foi há dois anos, que milhares de polacas fizeram greve e marcharam pela defesa da lei do aborto, assim como pelo fim das leis restritivas. Inspirada pela mobilização, a modelo, que já trabalhou para Yves Saint Laurent, lançou uma série de 14 vídeos sobre educação sexual que já foram vistos por dez milhões de pessoas. 

Numa entrevista citada pelo Bloomberg, Anja Rubik assume que a Polónia não está “a progredir”, mas a “regredir de volta ao século XIX”.  Isto porque, recentemente, o Parlamento aprovou leis mais restritivas em relação ao aborto. 

Desde sempre que a Polónia se assumiu como um país católico e conservador, facto que se tornou mais acentuado com a eleição do Partido Justiça e Liberdade em 2015. Este está convicto que é o salvador dos valores cristãos na Polónia e em toda a Europa, acreditando que o continente perdeu a sua bússola moral ao abraçar ideologias seculares, como as da igualdade de género ou as feministas. “Dizem às crianças que a menstruação é um grito sangrento de um útero sem feto”, refere a modelo. O movimento criado por Anja Rubik pretende mostrar como é normal falar da sexualidade e de temas como a homossexualidade, métodos contraceptivos, masturbação, entre outros.

Anja Rubik avança que tem planos para expandir a sua campanha, nomeadamente juntar mais pessoas para falar abertamente acerca de sexo com os jovens polacos​. A modelo diz ter noção dos perigos de abordar o tema na Polónia, mas declara que mesmo assim vai tentar encontrar empresas dispostas a patrocinar a sua causa.

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